Atletas enfrentam lesões no dia a dia, e algumas delas afetam diretamente os membros superiores, impactando o desempenho esportivo e a qualidade de vida. Movimentos repetitivos e esforços excessivos podem sobrecarregar tendões e articulações, levando a inflamações e dores que comprometem até mesmo atividades simples do cotidiano.
De acordo com os ortopedistas David Sadigursky e Thiago Alvim, sócios da Clínica Omane e pesquisadores na área de terapia celular, a epicondilite lateral, também conhecida como “cotovelo de tenista”, é uma lesão comum entre jogadores de tênis, principalmente com o crescimento e popularização do esporte, sendo a principal causa de dor no cotovelo.
“O movimento repetitivo de rotação e impacto da raquete causa pequenas lesões nos tendões que se conectam ao epicôndilo lateral, na parte externa do cotovelo. Isso resulta em dor, fraqueza e dificuldade para realizar movimentos simples, como segurar objetos ou abrir uma porta. Também é importante destacar que a condição pode afetar outros praticantes de atividades físicas, sobretudo aquelas de alto impacto, como artes marciais e musculação, em alguns casos”, explica Thiago Alvim.
A boa notícia é que, com tratamento adequado, a recuperação é possível, permitindo ao atleta voltar à quadra sem dor e com mais segurança. Segundo David, o tratamento pode associar tecnologias como a terapia por ondas de choque e o laser de alta intensidade, que potencializam a recuperação. “A terapia por ondas de choque atua promovendo microlesões controladas que estimulam a regeneração dos tecidos, aumentam a circulação sanguínea no local afetado e aceleram o processo de cicatrização”.
Já o laser de alta intensidade tem efeito anti-inflamatório, promove analgesia e bioestimulação celular, o que contribui significativamente para o alívio da dor e a reparação mais rápida das lesões ortopédicas. “A combinação dessas abordagens proporciona uma reabilitação mais eficaz, diminuindo o tempo de afastamento e melhorando o desempenho funcional do paciente”, conta Thiago.
Além disso, David reforça a importância de uma equipe multidisciplinar durante o tratamento, com fisioterapia, exercícios de prevenção adequados sob orientação, uso das tecnologias citadas e, em alguns casos, infiltrações locais com substâncias capazes de modular a inflamação no longo prazo. “Com os avanços técnicos e tecnológicos na medicina contemporânea, os tratamentos combinados oferecem novas perspectivas para atletas e praticantes de esportes, reduzindo o tempo de recuperação e proporcionando um retorno mais seguro e eficiente à prática esportiva”, destaca o ortopedista.
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