Nesta quarta-feira (19), o vereador Téo Senna (PSDB) rebateu as críticas da vereadora Aladilce Souza (PCdoB) sobre a venda de terrenos e áreas verdes de propriedade da Prefeitura de Salvador, cujos leilões foram abertos no fim de janeiro deste ano. Durante sessão na Câmara Municipal, Senna destacou que os recursos arrecadados com a alienação desses terrenos foram revertidos em obras e serviços que beneficiam diretamente a população, como escolas, unidades de saúde e espaços esportivos.
“Esse dinheiro foi utilizado para transformar Salvador. Foram mais de 300 escolas construídas, unidades de saúde, UPAs e hospitais que antes não existiam. Além disso, temos quase 100 campos sintéticos espalhados pela cidade, proporcionando mais esporte e lazer para os jovens”, afirmou o vereador.
Téo Senna também ressaltou que a prática de levantar e vender terrenos ociosos não é novidade e já ocorria em gestões anteriores. “A Secretaria da Fazenda sempre fez esse levantamento para identificar áreas abandonadas que poderiam ser reaproveitadas. A vereadora Aladilce fez um levantamento detalhado sobre a Prefeitura, mas por que não faz o mesmo sobre o governo do estado?”, questionou.
O vereador ampliou o debate e cobrou explicações sobre terrenos de propriedade do governo da Bahia que estão abandonados, sem destinação clara para a população. Ele citou o caso do Solar Boa Vista, local de grande importância histórica ligado à memória de Castro Alves, que se encontra sem uso. “O que vai ser feito do Solar Boa Vista? A área está largada, sem qualquer projeto para preservar sua história e proporcionar lazer para a comunidade”, criticou.
Outro exemplo citado pelo vereador foi o Parque Costa Azul, que, segundo ele, já foi um ponto de encontro da comunidade e hoje está abandonado. “Esse espaço já foi referência para encontros da população e reuniões políticas. Hoje está deteriorado, sem manutenção adequada”, disse.
Téo Senna também recordou a venda do Colégio Estadual Odorico Tavares, na Vitória, tradicional instituição de ensino que foi desativada pelo governo do estado e vendida para a iniciativa privada. “Esse colégio era um símbolo da educação pública de qualidade. Foi fechado e entregue à especulação imobiliária”, lamentou.
Senna também cobrou explicações sobre o antigo Centro de Convenções, que ficou anos abandonado antes da sua demolição. “Desde 2016, aquele espaço estava completamente largado, sem uso. Qual foi o planejamento do governo para essa área?”, questionou.
O vereador também mencionou o terreno do antigo Detran, que permanece sem destino definido. “O que será feito dessa área? Será mais um espaço esquecido pelo governo estadual? Ou será vendido para a especulação imobiliária?”, indagou.
Por fim, Téo Senna criticou a postura da vereadora Aladilce Souza por atacar a prefeitura de Salvador enquanto silencia sobre os terrenos estaduais. “A Prefeitura está vendendo áreas que estavam ociosas e usando os recursos para transformar a cidade. Já o governo do estado, qual é a explicação para esses espaços públicos abandonados? O silêncio sobre isso é ensurdecedor”, concluiu.
Foto: Reginaldo Ipê/ Ascom CMS
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