quarta, 19 de março de 2025
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EJA REGISTRA AUMENTO DE 15% NO NÚMERO DE MATRÍCULAS NA BAHIA

LUIZA SANTOS - 19/03/2025 16:33

Com alcance em 412 municípios dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) registrou, até fevereiro deste ano, 106 mil matrículas, o que significa um aumento de 15% em relação a 2024. Destinada a quem não teve acesso ou não conseguiu concluir os ensinos Fundamental ou Médio na “idade regular”, a modalidade permite a finalização dos estudos na rede estadual de ensino em menos tempo, com a qualificação necessária para ampliar as oportunidades no mundo do trabalho. O fortalecimento da EJA na Bahia tem ganhado destaque, impulsionado pelo lançamento do Pacto pela Superação do Analfabetismo e Qualificação da EJA, em junho do ano passado.

Para incentivar a volta de jovens, adultos e idosos às salas de aula, a Secretaria da Educação do Estado (SEC) implementou estratégias como a busca ativa e um chamamento voltado àqueles que interromperam seus estudos por diferentes razões sociais. Além disso, as matrículas na EJA permanecem abertas ao longo de todo o ano letivo. O Governo do Estado também tem investido em programas de apoio financeiro de permanência dos estudantes na escola, como o Bolsa Presença, que está alinhado ao programa federal Pé-de-Meia, e na segurança alimentar, garantindo refeições nutritivas e de qualidade para os estudantes em suas unidades escolares.

No âmbito dos investimentos, o governo estadual destinou cerca de R$ 70 milhões para a aquisição de livros didáticos para a EJA do Ensino Médio, uma vez que o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) – EJA/MEC contempla apenas o Ensino Fundamental. Recursos também têm sido aplicados na formação de educadores e em iniciativas voltadas à elevação da escolaridade de jovens entre 18 e 29 anos, através da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), com a aplicação gratuita de exames para elevação da escolaridade desse público.

Na Bahia, a EJA se organiza em ofertas de ensino nas unidades escolares estaduais, unidades prisionais e comunidades de atendimento socioeducativo, sendo que nas duas últimas a modalidade funciona em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e a Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac), bem como por meio dos exames pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e do regime de colaboração com apoio técnico-pedagógico aos municípios. A alfabetização, no caso, é adotada como primeira etapa de ensino da Educação Básica de jovens, adultos e idosos, incluindo comunidades quilombolas, indígena, cigana, assentados e ribeirinhos, ao tempo em que garante a continuidade dos estudos nas etapas educacionais subsequentes.

Fotos: Memo Soul/ASCOM SEC

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