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COMO A FISIOTERAPIA CONTRIBUI PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL?

João Paulo - 18/03/2025 11:40

A paralisia cerebral pode ocorrer antes, durante ou após o nascimento da criança, afetando o seu desenvolvimento cognitivo e motor. Apesar de ser uma condição que gera dificuldades ou limitações para o indivíduo realizar movimentos e controlar o corpo, é possível, com a fisioterapia, melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida dos pequenos. Com acompanhamento adequado e intervenção precoce, a criança com paralisia cerebral pode alcançar marcos importantes do desenvolvimento e, muitas vezes, levar uma vida funcional, ampliando seu repertório. Um exemplo disso é o estudante Guilherme Isaac, que, mesmo tendo o diagnóstico de paralisia cerebral, foi aprovado em segundo lugar para o curso de Ciências Sociais na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Segundo a fisioterapeuta e fundadora da Clínica Espaço Kids, Jamaica Araújo, existem diferentes tipos de paralisia cerebral, classificados segundo a natureza dos movimentos atingidos. “O tratamento visa atender as necessidades individuais de cada criança para prevenir ou amenizar os padrões posturais e movimentos anormais, e deve ser iniciado o quanto antes para obter melhores resultados”, explica.

Jamaica afirma que a fisioterapia é uma área de intervenção que auxilia no desenvolvimento da criança com paralisia cerebral, a fim de melhorar a participação nas atividades diárias e a mobilidade. “Os fisioterapeutas utilizam uma variedade de recursos terapêuticos que são ótimos aliados na estimulação precoce de indivíduos com essa condição”, conta.

Um programa reconhecido como um dos mais eficientes nos tratamentos de reabilitação para crianças com paralisia cerebral é o método Therasuit, diz a especialista. “A Clínica Espaço Kids é pioneira na Bahia, desde 2011, aplicando esse método fisioterapêutico. Essa é uma modalidade de treinamento neurointensivo em que a criança utiliza uma órtese dinâmica (veste terapêutica), associada ao uso da unidade de Exercício Universal (gaiola) dentro de um programa individualizado de treinamento intensivo. O tratamento pode durar cerca de 3 a 8 semanas, com duração diária de 3 horas, 5 dias por semana, variando de acordo com as características e necessidades de cada criança”, informa.

Além dessa abordagem, podem ser usados recursos terapêuticos diversos, como os técnicas de mobilidade, de fortalecimento e eletroestimulação (Tens, FES, Tases e Laser), integração sensorial, entre outros. “Todas essas técnicas possibilitam a aquisição de novas habilidades, melhoram as condições físicas e cognitivas, reduzem os atrasos motores e aliviam os sintomas, ajudando as crianças a alcançarem seu potencial de desenvolvimento cognitivo, social, físico e motor”, destaca Jamaica.

Crédito Foto: Freepik

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