A força e a determinação de mulheres, que estão à frente da Cooperativa dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, Economia Solidária e Sustentável dos Territórios Vale do Jiquiriçá e Baixo Sul da Bahia (Coopeipe), estão transformando a realidade de agricultores e agricultoras familiares em comunidades rurais do território Vale do Jiquiriçá.
O trabalho dessas mulheres, que representam 80% dos cooperados, foi fortalecido com a entrega, há cerca de um mês, de uma agroindústria familiar requalificada e totalmente equipada, na comunidade do Córrego, em Amargosa. O que antes era muitas vezes desperdiçado nas propriedades por falta de infraestrutura para comercialização, agora se transforma em fonte de renda, com a comercialização das polpas de frutas.
Hoje, mais de 300 famílias foram impactadas positivamente pela geração de novas oportunidades de trabalho e renda a partir da requalificação da unidade de beneficiamento de frutas. Equipamentos modernos, que vão desde a recepção e higienização das frutas até o armazenamento em câmaras frias, permitem à cooperativa ampliar e qualificar a produção de polpas de goiaba, manga, acerola e outros produtos. A iniciativa é do Governo do Estado da Bahia, executada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).
“Com a chegada de uma agroindústria de grande porte, muita coisa melhorou em nossa vida. A Coopeipe agora tem visibilidade, está comercializando, gerando empregos e aumentando a independência das mulheres. Isso é muito importante para a nossa autonomia e independência”, celebra Meirevanda Oliveira dos Santos, presidente da Coopeipe.
Além das polpas de frutas, a cooperativa também diversifica sua produção com biscoitos da marca Afagos, bolos, hortaliças, verduras, legumes, temperos frescos e desidratados, todos provenientes das propriedades dos cooperados. Graças à comercialização, especialmente através de programas como Alimentação Escolar (PNAE) e Aquisição de Alimentos (PAA), a cooperativa gerou um retorno financeiro de aproximadamente R$ 1 milhão por ano.
Foto: André Frutuôso/Ascom CAR