A ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (12) que o compromisso que o Brasil assume de se afastar do mercado de combustíveis fósseis ficou subentendido na carta da presidência da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30). A defesa ao teor da mensagem, assinada pelo diplomata André Corrêa do Lago, ocorreu em São Paulo, na 5ª Conferência Estadual do Meio Ambiente.
A falta de uma maior ênfase à renúncia desse tipo de fonte de energia, classificada como suja, foi um ponto criticado por entidades que atuam no campo do meio ambiente. A redução das emissões pela queima de combustíveis fósseis está entre os principais compromissos da comunidade internacional para que sejam atingidas as metas ambientais de mitigação das mudanças climáticas.
Presidente da COP30, o embaixador foi designado à função pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a ministra, a mensagem foi apenas a primeira de duas cartas e consiste em “um chamamento a que o multilateralismo seja fortalecido”, para que todos os países trabalhem em cooperação uns com os outros e não de forma isolada”.
“Cada país fazendo a sua parte. Os que podem mais fazem mais, os que podem menos também fazem, mas precisarão da ajuda dos ricos, principalmente com os recursos de implementação”, disse.
O argumento dos críticos é de que o Brasil deve abdicar de investir em combustíveis fósseis tanto pelos efeitos que provocam, já que vão na contramão das metas de zerar emissões líquidas, como pelo que o gesto significaria no ano em que sedia um evento da magnitude da COP30.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil