Desde o início do ano, as declarações do senador Jaques Wagner (PT) de uma possível chapa “puro-sangue” com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para a campanha de reeleição em 2026, juntamente com Rui Costa (PT) para o senado, tem gerado burburinhos na base. Para o petista, esta seria a escolha com mais força para a disputa eleitoral.
Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB, conversou com o Bahia Econômica sobre tais declarações, afirmando que, inicialmente, a legenda só soube da posição através da repercussão midiática. “Soubemos através da imprensa sobre a declaração de Jaques Wagner, não recebemos nenhuma informação anterior”.
O MDBista continua afirmando que, apesar de compreender os motivos partidários de tal posicionamento, não acredita que essa seja a melhor escolha para as eleições do ano que vem: ” Sabemos que o presidente Lula tem o desejo de eleger o maior número de senadores possíveis do PT, para a governabilidade da sua gestão, [porém] na minha opinião, foi fora de hora [a declaração de Jaques Wagner] e não deixa de trazer transtorno para a base, mas qualquer partido deseja uma chapa puro-sangue”.
Lúcio deixou claro que a posição do MDB, e demais partidos da base, é a de defender a reeleição: “O MDB, PSD, e demais partidos defendem a tese da reeleição, dos partidos que tem reeleição na chapa. Eu estou tranquilo quanto à isso, tenho certeza que nós vamos continuar na chapa.”
Já sobre as mudanças no secretariado realizadas por Jerônimo no final do ano passado, o MDBista afirmou que não houve nenhum diálogo prévio com o partido sobre as escolhas, “não houve nenhuma conversa com o partido para fazer a reforma. Só algumas reformas pontuais. Já foi mais ou menos encaminhada. Não há nenhuma atualização quanto à isso”.