Logo mais às 15h, no Palácio do Planalto, Lula comandará a cerimônia de posse de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, nos ministérios das Relações Institucionais e da Saúde, respectivamente. Rondando o ambiente estará o fantasma da disputa interna dentro do PT, que se acirrou fortemente nos últimos dias.
Motivo: a reunião ocorrida na noite de quinta-feira na casa de Gleisi em que o grupo da nova ministra quis vetar a candidatura de Edinho na eleição à presidência do PT, em julho. Edinho (que é apoiado por Lula) e os seus aliados reagiram e prometem para os próximos dias o registro oficial da candidatura do ex-prefeito já nos próximos dias. Está sendo gestado ainda um texto-manifesto com as propostas de Edinho para o futuro do partido.
Pois Edinho estará nas posses de Gleisi e Padilha — este, aliás, seu aliado. Ontem, num evento do partido em São Paulo, ele se disse “muito indignado” e que “Lula foi usado” por petistas que participaram da reunião de quinta passada: — Nós não podemos aceitar que o presidente Lula seja usado da forma com que ele foi usado. A reunião era uma reunião de construção de unidade (…)e ela é vazada para a imprensa como instrumento de luta interna. Não podemos aceitar isso. Enquanto Lula dá posse a dois ministros tentando reinventar o seu governo, o PT se digladia como nunca se viu numa disputa pelo comando do partido.(O Globo)
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República