O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,00% em fevereiro. No mês de janeiro, a taxa havia sido de 0,11%. Com este resultado, o índice acumula alta de 1,11% no ano e 8,78% em 12 meses. Em fevereiro de 2024, o IGP-DI havia caído 0,41% e acumulava queda de 4,04% em 12 meses.
“As principais influências nos preços ao produtor vieram de ovos e milho, ambos impactados em fevereiro pelo mesmo fator: demanda elevada e baixa disponibilidade. No caso do milho, somam-se desafios logísticos, o que tem pressionado os preços de forma temporária, com potencial de afetar outros produtos da cadeia alimentar, especialmente as proteínas animais. No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o principal impacto veio do fim do bônus de Itaipu nas tarifas de energia elétrica em fevereiro, que respondeu por quase 50% da pressão sobre os preços ao consumidor. No INCC, o grupo Mão de Obra foi o principal fator para a desaceleração do índice”, destacou Matheus Dias, economista do FGV IBRE.
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,03%, registrando um avanço expressivo em comparação à taxa de 0,03% observada em janeiro. Analisando os diferentes estágios de processamento, percebe-se que o grupo de Bens Finais subiu 0,79% em fevereiro, acelerando em relação ao mês anterior, quando havia registrado alta de 0,04%. Em movimento oposto, o índice de Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos de alimentos in natura e combustíveis para consumo, desacelerou de 0,23% em janeiro para 0,08% em fevereiro. A taxa do grupo Bens Intermediários recuou para 0,51% em fevereiro, após alta de 1,22% em janeiro. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 0,06% em fevereiro, variação inferior à alta de 1,33% registrada em janeiro. Por fim, o estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,53% em fevereiro, após registrar queda de 0,74% em janeiro.
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou alta de 1,18% apresentando aceleração em relação ao mês anterior, quando o índice subiu 0,02%. Entre as oito classes de despesa que compõem o índice, quatro apresentaram avanços nas suas taxas de variação: Habitação (-2,43% para 3,80%), Transportes (0,83% para 1,41%), Despesas Diversas (0,26% para 1,07%) e Comunicação (0,01% para 0,28%). Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,18% para -2,54%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,66% para 0,38%), Alimentação (1,22% para 1,02%) e Vestuário (0,22% para 0,14%) exibiram recuo em suas taxas de variação.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelera para 0,40% em fevereiro
Em fevereiro, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou alta de 0,40%, porém inferior à taxa de 0,83% observada em janeiro. Analisando os três grupos constituintes do INCC, observam-se movimentações idênticas nas suas respectivas taxas de variação na transição de janeiro para fevereiro: o grupo Materiais e Equipamentos recuou de 0,49% para 0,42%; o grupo Serviços retrocedeu de 0,76% para 0,42%; e o grupo Mão de Obra desacelerou de 1,27% para 0,37%.
Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo