O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda novas estratégias para reduzir o custo do crédito na produção de itens essenciais da cesta básica, como arroz, feijão e café. A medida está em discussão com sua equipe ministerial no âmbito do novo Plano Safra, previsto para ser lançado em julho.
O governo também avalia ampliar os investimentos na agricultura familiar, buscando facilitar o acesso da população a alimentos mais baratos. A expectativa é que o aumento da produção contribua para a redução dos preços do arroz, feijão e carne até junho deste ano. Entretanto, o café segue como um desafio, com a queda na produção indicando que os preços devem se estabilizar apenas em 2026.
A alta persistente dos preços dos alimentos tem impactado diretamente o orçamento das famílias brasileiras, especialmente entre os grupos de menor renda. De acordo com dados oficiais, a alimentação representa 22,6% da renda das famílias com ganhos entre R$ 1.518 e R$ 2.277. Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, os alimentos acumulam uma alta superior a 55%.
Em janeiro deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,16%, com o grupo de alimentos e bebidas apresentando sua quinta alta consecutiva, impulsionado principalmente pelo encarecimento do café e da cenoura. No Palácio do Planalto, a pressão inflacionária dos alimentos é vista como um dos fatores que impactam a aprovação do presidente.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
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