O deputado federal Capitão Alden (PL-BA) rechaçou a decisão do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que indeferiu uma Ação Popular protocolada por ele para impedir a apresentação da banda “Bozokill” no Palco do Rock, no último dia oficial do Carnaval de Salvador, nesta terça-feira (4).
Na ação, Alden alegou que a banda tem músicas que propagam violência e discurso de ódio contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus apoiadores e grupos conservadores de direita. O parlamentar pediu que o MP-BA recomendasse a remoção do grupo da programação do evento, sob pena de multa. No entanto, o órgão não acatou os argumentos do deputado e considerou o caso como uma questão de “liberdade de expressão”, o que gerou indignação no bolsonarista.
“O Governo da Bahia está financiando um festival de rock que inclui a banda ‘Bozokill’, cuja música faz apologia à violência e prega a morte de Bolsonaro e seus seguidores. Apresentamos ao MP-BA provas, como a logomarca do grupo mostrando a cabeça de Bolsonaro arrancada e ensanguentada, camisas com a mesma imagem e a letra da música ‘Mate um Minion Hoje’. Mesmo assim, o MP-BA indeferiu nosso pedido para impedir a apresentação da banda no festival”, afirmou Alden.
Alden disse ainda que a decisão do MP-BA é questionável, pois em sua argumentação foram apresentados nítidos indicativos de incitação à violência e promoção ao discurso de ódio. Para o parlamentar, há um tratamento desigual de ações judiciais conforme o espectro político dos requerentes.
“Esse é o Brasil, onde a ‘Justiça’ entende que uma banda de rock que incita claramente a morte de Bolsonaro e seus seguidores está apenas exercendo ‘liberdade de expressão’. São dois pesos e duas medidas. É lamentável, revoltante e inenarrável o sentimento de impotência e injustiça. Mas continuarei lutando com as armas que tenho! Não podemos desistir do Brasil! Uma hora, nós iremos virar o jogo”, concluiu.
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