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PRÉVIA DA INFLAÇÃO DE FEVEREIRO DA RMS É PUXADA PELAS ALTAS DA HABITAÇÃO E ALIMENTAÇÃO

Bruna Carvalho - 25/02/2025 13:23

O IPCA-15 de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador (RMS) (1,36%) foi resultado de aumentos nos preços de cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados para formar o índice.

As despesas com habitação (4,18%) registraram a segunda maior alta e exerceram a principal pressão inflacionária, na prévia de fevereiro, na RMS. O grupo mostrou o maior aumento mensal em quase 22 anos, desde maio de 2003 (4,62%), após ter tido, em janeiro, a maior queda da série histórica (-3,18%).

A alta na habitação foi puxada principalmente pela energia elétrica residencial (14,49%), item que, individualmente, exerceu a maior pressão inflacionária no mês na região, após ter tido importante queda em janeiro (-13,40%).
O grupo alimentação e bebidas (1,95%) apresentou a terceira maior alta no mês, mas, por ter o maior peso no consumo das famílias, exerceu a segunda maior pressão inflacionária na RMS em fevereiro. Esta foi a maior alta mensal da alimentação na região em quase 3 anos, desde abril de 2022 (2,02%).

O aumento médio de preços se deu, principalmente pela alimentação no domicílio (2,22%), com o café moído (19,30%) sendo o item que mais puxou o índice do grupo para cima. Além disso, tubérculos, raízes e legumes (9,85%), como tomate (17,05%), cebola (17,79%) e cenoura (28,81%, item com o maior aumento dentre todos os pesquisados), apresentaram importantes altas.

Como é costume ocorrer em fevereiro, as despesas com educação (4,65%) tiveram o maior aumento entre os grupos, porém, exerceram somente a terceira principal pressão inflacionária.

É em fevereiro que o IBGE capta a maior parte dos aumentos nas mensalidades escolares. Por isso os gastos com educação tradicionalmente têm impacto importante nos índices de inflação do mês (IPCA-15 e IPCA). Entretanto, em 2025, a RMS teve a menor alta dos preços da educação para um mês de fevereiro em 5 anos, desde 2020 (3,82%).

Os cursos regulares (escolas) aumentaram 5,88%, segundo o IPCA-15, puxados, mais uma vez, pelo ensino fundamental (7,90%). O ensino médio (8,77%) e a pré-escola (7,32%) também apresentaram altas importantes.

Entre os quatro grupos com queda média de preços, segundo o IPCA-15 de fevereiro, na RMS, transportes (-0,19%) foi o que mais ajudou a segurar a alta do índice, na região. O resultado se deu, principalmente, por conta da passagem aérea (-26,19%), item com a maior queda média de preços e que mais segurou o IPCA-15 da RMS em fevereiro. Por outro lado, houve alta importante do ônibus urbano (5,05%).

A maior queda de preços entre os grupos, porém, veio do vestuário (-0,35%), que exerceu a segunda maior pressão para segurar o IPCA-15 da RMS em fevereiro. A deflação do grupo foi puxada, principalmente, pelos calçados e acessórios (-1,02%) e pela roupa masculina (-0,93%).

Foto: AS Photography/Pexels

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