Bahia Econômica – Quais as novidades que vocês irão trazer para esse carnaval?
Alexandre Peixe – Esse Carnaval, por ser um Carnaval de 40 anos do Axé, então muitas coisas estão sendo celebradas. A gente começou lançando um remix de um dos hinos do Carnaval, que é o “Iá Carnaval” Remix, que eu lancei há 15 dias, com a produção de Ricardo Ferraro, nosso querido Rambo, tecladista do Aza, de Duval, então uma figura muito importante também nos 40 anos do Axé. E acabamos de lançar uma música nova, que é o “Puro Suco de Bahia”, para a gente trazer para a canção o jeito especial de ser do baiano, de falar as coisas da nossa cultura de baianidade. Então é nossa homenagem a essa baianidade que levou ao Axé Music, que trouxe essa batida, esse ritmo e esse som tão diferente que ganhou o Brasil. Eu diria que essas são as nossas grandes novidades aí para a gente celebrar os 40 anos do Axé juntos.
Bahia Econômica – Esse carnaval promete ser de altas temperaturas no estado, existe algum tipo de preparação especial sua para manter o ritmo durante as muitas horas de show na folia?
Alexandre Peixe – Na verdade, a gente se prepara o ano todo porque o condicionamento físico é para a nossa rotina de agenda, de vida, de saúde, para a gente não ficar doente, ter que derrubar a agenda. Mas o carnaval, como é uma maratona, a gente tem que ter certos cuidados com a alimentação mais saudável, uma hidratação mais fora da curva. Então eu já começo a colocar além da água e um isotônico, que eu já faço, naturalmente, eu já coloco um terceiro elemento aí, um carboidrato ali, dissolvido, para poder a gente não perder o pique, já que são dias seguidos de festa e muitas vezes, como vai ser meu carnaval, dois shows por dia. Além de ter profissionais nos assessorando na parte de voz, fonoaudiólogos, otorrino, para a gente estar sempre orientado.
Bahia Econômica – Para você, qual momento é considerado o mais importante da folia? Aquele especial que mexe com seu coração.
Alexandre Peixe – Eu acho que o momento mais importante acaba sendo o que o público vai criar pra gente, porque a gente não sabe quando vai tocar no lugar, como é que vai estar o show, quem vai nos ver. Então essas grandes surpresas que o público nos proporciona, em algum momento algo muito especial que vai surgir espontaneamente e é por isso que o maior barato de fazer show, de tocar, de subir no palco é saber que a gente vai vivenciar em qualquer momento momentos muito diferentes e especiais e espero viver muito isso no Carnaval.
Bahia Econômica – Quais mudanças estruturais você considera importante acontecer no carnaval da Bahia para ele continuar forte em todo planeta?
Alexandre Peixe – Eu acho que nem sempre é estrutural a mudança, né? Eu acho que quando a gente fala muito de circuitos, novos circuitos, eu acho que testar alguma coisa somado com o que se tem para entender se ele chegou para ficar, se ele tem mais lados positivos do que negativos, se ele pode substituir ou não um outro circuito, isso pode ser visto. Agora precisa ser debatido por todos os lados para não ser uma coisa imposta. Acho que a música da Bahia, ter sempre artistas novos chegando para dar uma oxigenada, dar um fresco também contribui. Os artistas estarem sempre gravando coisas novas. Eu acho que é um monte de coisa ao mesmo tempo que faz a nossa música ficar rica, o nosso carnaval ser tão desejado.
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