O Projeto de Lei 4187/24, que institui o dia 17 de fevereiro como o Dia Nacional da Axé Music, teve o regime de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados. No entanto, a proposta da deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) não contou com o apoio unânime da bancada baiana. Dos 39 parlamentares, apenas Capitão Alden (PL-BA) e Paulo Azi (União-BA) votaram contra a medida.
Para Capitão Alden, o projeto não deve ser prioridade porque há pautas mais urgentes no país. Ele argumentou que votou contra e seguirá rejeitando propostas que considera “vazias”, sem impacto efetivo para a população. “Estão de ‘mimimi’ porque votei contra o requerimento de urgência que estabelece o dia 17 de fevereiro como o Dia do Axé, isso é pão e circo. Os ovos estão com o preço lá em cima. Prometeram picanha, mas na panela só tem pé de galinha. O café virou ‘cháfé’. São os mesmos que defenderam o fechamento do comércio na pandemia e disseram ‘a economia a gente vê depois’’, disparou o parlamentar.
“Milhares de músicos ficaram no prejuízo, houve demissões em massa e falências. Até hoje, nenhuma medida para reparar esses danos. Se não fosse Jair Bolsonaro com o Auxílio Brasil, o povo e os músicos pequenos estariam lascados”, completou. Alden disse ainda que o projeto não contribuirá para a melhoria da vida dos artistas do Axé Music. Ele ressaltou que não é contra o segmento, mas mantém a postura racional ao votar.“Gosto do ritmo, entendo a importância do Axé para a Bahia, mas essa proposta, sem qualquer incentivo aos músicos iniciantes e independentes, não faz diferença. Por isso, votei contra”, declarou.
Para o parlamentar, a população espera outra postura dos representantes na Câmara. “Precisamos votar com urgência projetos realmente relevantes, que combatam os aumentos no preço dos alimentos, criem incentivos para empregadores contratarem mais e melhorem a qualidade dos serviços prestados. Isso, sim, é urgente”, concluiu.
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