Nesta sexta-feira (21), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), defendeu a instalação de uma passarela que dá acesso direto a um camarote no circuito Dodô, na altura da Ladeira do Clube Espanhol. Isso gerou criticas de vereadores da oposição, que acusam a prefeitura de promover segregação.
“Claro que tenho (conhecimento da passarela). Está sendo pago para ser utilizada. A prefeitura decidiu autorizar porque não causa nenhum prejuízo para os foliões que passam pela rampa de areia do Morro Ipiranga”, afirmou Reis.
De acordo com prefeito, essa estrutura ocupa menos de quatro metros quadrados e contribui para a organização do fluxo de foliões na região, conhecida pela alta concentração de público durante a festa. “Isso tira um fluxo de foliões daquela ladeira, que funciona como um camarote natural. Você reduzir a quantidade de pessoas que passam por ali, oferecendo outro acesso, traz renda para a cidade e melhora o conforto de quem está na rua assistindo ao Carnaval”, justificou.
A oposição, no entanto, criticou a decisão do prefeito. Para a vereadora Marta Rodrigues (PT), a medida favorece a segregação na festa. “Carnaval não é para segregar! Mas é justamente isso que vai fazer a passarela que liga o Morro do Gato a um camarote. Se essa construção teve o aval da prefeitura, isso é muito sério! Não podemos compactuar com ações que estimulem segregação e exclusão”, escreveu em suas redes sociais.
Bruno Reis rebateu as críticas e disse que passarelas semelhantes já foram instaladas em carnavais anteriores. “Da minha parte, não vejo problema nenhum. Por isso a prefeitura autorizou”, declarou.
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