A partir deste ano, todas as novas instalações de energia solar em edificações deverão seguir as exigências da norma NBR 17193:2025, publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A regulamentação tem o objetivo de aumentar a segurança contra incêndios, tornando obrigatório o uso de dispositivos específicos de proteção elétrica.
Segundo a norma, os sistemas fotovoltaicos precisarão contar com Interruptores de Circuito por Falha de Arco (AFCI), que identificam falhas elétricas e desligam automaticamente o sistema para evitar incêndios, e a Função de Desligamento Rápido (FDR), que permite interromper rapidamente o fornecimento de energia em situações de emergência. Além disso, a norma determina novos critérios para a disposição dos paineis solares nos telhados, incluindo espaçamentos obrigatórios ou barreiras resistentes ao fogo.
A Associação Baiana de Energia Solar (ABS) reforça a importância de consumidores e empresas se adequarem às novas regras para garantir a segurança e evitar problemas regulatórios. “Como em outros estados, iremos procurar o corpo de bombeiros do Estado da Bahia e ver a melhor maneira de cooperar e além disso, fortalecer a difusão da tecnologia pelo estado para que a norma seja bem entendida pelos integradores baianos.”, explica o presidente da ABS, Marcos Rêgo.
Armando Karin, diretor técnico da associação, explica que a medida é de extrema importância, uma vez que somente desligando o sistema fotovoltaico, a geração de energia elétrica do lado da corrente contínua não é interrompida. “É preciso que haja dispositivos que consigam baixar a tensão desses circuitos. Temos circuitos com tensões que passam de 500 volts, a depender de arranjo, 50 volts por módulos, e isso é extremamente arriscado, tanto para o profissional do Corpo de Bombeiros quanto para qualquer outro trabalhador, como eletricistas ou quem vai fazer a lavagem dos módulos”, diz.
O diretor técnico da ABS esclareceu ainda que, embora as novas regras, por enquanto, estejam direcionadas apenas a edificações, o ideal é que, posteriormente, sejam estendidas aos demais espaços. “Devemos tentar fazer com que se torne uma coisa comum, porque é um benefício de segurança passiva muito grande”, destaca. A entidade orienta consumidores a verificarem se seus projetos solares estão em conformidade com as exigências e a buscarem empresas especializadas na instalação de sistemas fotovoltaicos que atendam à nova regulamentação.
Novas regras vão encarecer o sistema solar?
Embora os novos recursos de segurança determinados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) impliquem em um custo, que deve ser passado para os consumidores, Armando Karin garante que o aumento de preço dos sistemas solares deve ser irrisório. “Podem subir 5%, nada significativo. Os sistemas têm baixado de preço a cada ano, a taxas muito maiores do que essa, então, com o passar do tempo, isso vai desaparecer”, pontua.
Sobre a ABS
Fundada em 2018, a Associação Baiana de Energia Solar Fotovoltaica (ABS) representa as empresas de energia solar do estado e tem como objetivos principais a capacitação técnica, a atuação regulatória, a assessoria jurídica e o fortalecimento do associativismo. Com mais de 85 associados, a ABS continua a contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do setor de energia solar na Bahia. Para mais informações, acesse: https://abahiasolar.org.br/.
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