Em 2024, o rendimento médio real (descontados os efeitos da inflação) mensal habitualmente recebido por todos os trabalhos na Bahia foi R$ 2.165. O valor aumentou 11,8% frente ao de 2023 (R$ 1.937), mostrando um segundo avanço consecutivo, e superou, pela primeira vez, o patamar pré-pandemia (R$ 2.100 em 2019). Também deixou de ser o menor entre os estados, embora tenha sido o 3º mais baixo, acima apenas dos rendimentos de trabalho registrados no Maranhão (R$ 2.049) e no Ceará (R$ 2.071).
Entre 2022 e 2023, o rendimento real do trabalho também aumentou no Brasil como um todo (+3,7%), indo a R$ 3.225. Das 27 unidades da Federação, 18 tiveram altas nos “salários médios”, e o aumento percentual da Bahia (+11,8%) foi o 5º maior, num ranking liderado por Pernambuco (+19,9%), Alagoas (+17,0%) e Sergipe (+16,5%). O Distrito Federal se manteve com o maior rendimento médio de trabalho do país (R$ 5.043), seguido por São Paulo (R$ 3.907) e Paraná (R$ 3.758).
No município de Salvador, em 2024, os rendimentos médios habitualmente recebidos pelas pessoas ocupadas foram os menores da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Já na região metropolitana da capital, houve leve aumento frente a 2023. No ano passado, o rendimento médio de uma pessoa que trabalhava em Salvador foi R$ 2.699, o menor entre todas as capitais e 4,8% inferior ao de 2023 (R$ 2.835).
Na Região Metropolitana de Salvador, o rendimento médio foi de R$ 2.672 em 2024, o 3º mais baixo entre as 21 regiões metropolitanas investigadas. Mas ficou 0,9% acima do valor de 2023 (R$ 2.649). Com o aumento do rendimento médio e do número de trabalhadores, entre 2023 e 2024, a massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos aumentou pelo terceiro ano consecutivo na Bahia. Cresceu 19,0% e chegou a R$ 13,634 bilhões, maior valor nos 13 anos da série histórica da PNAD Contínua. A massa de rendimento é a soma dos rendimentos de trabalho de todas as pessoas ocupadas. Indica o volume de dinheiro em circulação.
Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil