De 2023 para 2024, a taxa de desocupação na Bahia cedeu em razão da manutenção de dois movimentos positivos. Por um lado, aumentou o número de pessoas trabalhando, fosse em ocupações formais ou informais (população ocupada). Por outro lado, o total de desocupados (quem não estava trabalhando, procurou trabalho e poderia ter assumido se tivesse encontrado) teve queda.
Em um ano, o número de trabalhadores no estado cresceu 5,7%, chegando a 6,420 milhões de pessoas, o que representou mais 345 mil pessoas trabalhando, no período. Foi o quarto crescimento anual seguido da população ocupada, com aceleração frente ao aumento entre 2022 e 2023 (+0,9%).
Com isso, o número de trabalhadores no estado chegou, em 2024, ao seu recorde na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Além disso, na Bahia, a população desocupada (ou desempregada) seguiu em queda em 2024, recuando 15,5% frente a 2023, chegando a 779 mil pessoas, com menos 143 mil desocupados em um ano.
Foi a terceira diminuição anual consecutiva do número de pessoas procurando trabalho, no estado, e também a segunda redução mais intensa em toda a série histórica, só perdendo para a verificada entre 2021 e 2022 (-24,8%).
O recuo levou o total de pessoas desocupadas na Bahia ao seu menor patamar desde 2014, quando havia 685 mil pessoas nessa situação. Por outro lado, a população que estava fora da força de trabalho (pessoas que por algum motivo não estavam trabalhando nem procuraram trabalho) cresceu pelo segundo ano seguido, em 2024.
Ficou em 5,123 milhões de pessoas, 0,7% maior do que em 2023 (mais 34 mil pessoas), mantendo-se acima do registrado no pré-pandemia, em 2019, quando havia 4,702 milhões de pessoas fora da força de trabalho na Bahia. Dentre as pessoas que estão fora da força de trabalho, o número de desalentadas voltou a cair, após leve alta entre 2022 e 2023. No ano passado, 540 mil pessoas podiam ser consideradas desalentadas na Bahia, 9,4% a menos do que em 2023 (menos 56 mil em um ano).
Ainda assim, o estado continuou com o maior número de desalentados no Brasil, liderança que sustenta ao longo de toda a série histórica da PNAD Contínua. Em todo o país, em 2024, havia 3,300 milhões de pessoas desalentadas, 11,2% a menos (-417 mil) do que em 2023. De um ano para o outro, o número de pessoas desalentadas caiu em 17 estados, se manteve estável em 1 (AC) e cresceu em 9.
A população desalentada é aquela que está fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade. Entretanto, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga.
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