O Ibovespa recuou com força nesta quarta-feira (12), pressionado por dados de inflação mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos. O principal índice da B3 tombou 1,69%, aos 124.380 pontos. O CPI (que é basicamente o IPCA dos EUA) subiu 0,5% em janeiro, depois de alta de 0,4% no mês anterior. Em 12 meses, o índice avançou 3,0%, de 2,9% em dezembro. O mercado previa altas de 0,3% e 2,9%, respectivamente.
O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, foi a 3,3% no ano; uma aceleração ante os 3,2% de dezembro. Essa medida é mais sólida, já que não contabiliza a variação de preços dos ítens mais voláteis – que pouco respondem à política de juros. E o que mais importa é o seguinte: a curva da inflação por lá definitivamente deixou de apontar para baixo. E agora ela mostra uma resiliência inesperada. Veja aqui no gráfico:
Juros existem para combater a inflação. Se ela teima em não convergir para a meta americana (de 2% para o núcleo), esqueça: o Fed não vai voltar com os cortes de juros tão cedo por lá. No momento, eles estão em 4,5% ao ano. Até ontem, 50% dos agentes do mercado acreditava que, no máximo até junho, viria um novo corte. Agora, depois da divulgação do CPI resiliente, essa proporção caiu para 32% – “correção” pesada para um único dia. Os dados são da pesquisa diária FedWatch, feita pelo CME Group.(InvestNews)
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