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CHINA MONTA ESTRUTURA ECONÔMICA CONTRA PRESSÃO DOS EUA; VEJA AQUI

João Paulo - 13/02/2025 08:20 - Atualizado 13/02/2025

Com objetivo de deixar a China menos dependente da tecnologia exterior, o governo do país está cada vez mais investindo na tecnologia local. O líder político Xi Jinping já deu declarações afirmando que tem meta de tornar o país mais autossuficiente e resistente à pressão ocidental como a atual dos Estados Unidos de Donald Trump. O país asiático despejou centenas de bilhões de dólares em indústrias escolhidas a dedo, especialmente na manufatura de ponta, ao mesmo tempo em que pedia aos líderes empresariais para se alinharem às prioridades do governo.

Em vez de depender de empresas estrangeiras para robôs e dispositivos médicos, a China agora está fazendo mais por conta própria. Os painéis solares fabricados lá estão substituindo parte da necessidade de energia importada do país. O sucesso de seus fabricantes de veículos elétricos e da novata da inteligência artificial DeepSeek acendeu temores de que a China possa até eclipsar o Ocidente em alguns setores de ponta.

Por trás dessas vitórias, no entanto, a política industrial de Xi é extremamente cara, consumindo recursos do Estado em um momento em que as receitas do governo estão estagnadas. Uma estimativa do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS na sigla em inglês), com sede em Washington, colocou os gastos anuais da China em política industrial na casa dos US$ 250 bilhões em 2019.

A enxurrada de investimentos que chegam às fábricas chinesas também está causando problemas para a China no exterior, pois gera enormes quantidades de produtos chineses que estão sendo empurrados para os mercados estrangeiros a preços reduzidos, acentuando as tensões comerciais. Os países ocidentais já tentaram impedir que chips avançados cheguem ao país, e o crescente domínio da manufatura da China em alguns setores de maior destaque deve ser um ponto crítico em novos atritos comerciais, agora que o presidente Trump aumenta a pressão sobre Pequim.

A China precisa encontrar novos meios de crescimento agora, para compensar o impacto econômico de um setor imobiliário enfraquecido e de um cenário global sombrio para o comércio. Muitos economistas dizem que o país deveria estar desenvolvendo sua rede de segurança social para impulsionar uma recuperação duradoura nos gastos do consumidor, em vez de jogar mais dinheiro em sua já vasta base industrial, acumulando mais dívidas sem garantia de retornos futuros. (InvestNews)

 

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