O resultado positivo do comércio baiano no acumulado no ano de 2024 (7,4%), frente a 2023, foi resultado de aumentos no volume de vendas em cinco dos oito segmentos do varejo restrito – que desconsidera as vendas de automóveis, material de construção e atacado de alimentos. Apresentando seu melhor resultado acumulado em 18 anos, as vendas dos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceram 9,9%, com altas em todos os 12 meses de 2024. O aumento anual foi o mais expressivo desde os 14,2% de 2006, e o segmento é o que tem maior peso na estrutura do comércio varejista no estado.
A segunda maior contribuição para o crescimento geral do varejo baiano em 2024 veio dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,3%). Com o segundo maior crescimento, o segmento, que reúne lojas de departamentos e grandes varejistas on-line, apresentou a sua maior alta anual em 10 anos, desde 2014 (quando havia sido de 18,1%). A maior taxa de crescimento anual na Bahia, porém, veio do segmento de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,4%). Essa atividade tem menos influência no desempenho do varejo em geral, mas apresentou seu maior avanço de vendas em 10 anos (desde 2014, quando havia sido de 16,7%), com altas em todos os 12 meses de 2024.
Os três segmentos do varejo restrito baiano com quedas nas vendas, no acumulado em 2024, foram livros, jornais, revistas e papelaria (-23,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-20,9%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%). As livrarias/papelarias apresentaram sua segunda queda consecutiva e a mais intensa em 4 anos (desde 2020, quando havia sido de -41,6%). Os materiais para escritório caíram pela primeira vez após três anos seguidos de resultados positivos. Já as vendas de combustíveis tiveram oscilação negativa após dois anos em alta no estado.
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