Em entrevista ao portal Bahia Econômica, Adriano Pires, presidente da Comissão Especial de Transição Energética, criticou a Petrobrás por não ter uma paridade de preços nos seus combustíveis com o mercado internacional. Segundo Adriano, sem a paridade, três segmentos são duramente atingidos. As empresas importadoras, as refinarias nacionais e o setor de bicombustíveis.
“Eu sou um crítico da política atual de preços da Petrobras. Sem a paridade de preços com o mercado internacional, três setores acabam sendo prejudicados. Primeiro, as empresas importadoras perdem competitividade, pois têm que trabalhar com as moedas diferentes e a oscilação do câmbio atual prejudica o setor. Segundo as refinarias locais, visto que a Petrobrás detém 80% do refino do petróleo no Brasil. E terceiro, o setor de bicombustíveis, pois nós trabalhamos no mesmo ramo que a Petrobrás e, se ela coloca os preços fora do mercado internacional, isso acaba atingindo também o setor”, explicou.
A paridade de preços da Petrobras é o alinhamento dos preços dos combustíveis praticados pela companhia com o Preço de Paridade de Importação (PPI). O PPI é uma política de preços que considera as variações do dólar e do petróleo. A Petrobras abandonou o PPI como política de precificação em 2023, passando a dar mais peso aos custos internos.
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