Segundo o levantamento de preços de itens de consumo básicos nas capitais do país, realizado pela Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Salvador é a cidade com a maior alta entre as 17 pesquisadas.
Com alta de 6,22%, a capital baiana lidera o ranking, seguida por Belém com 4,80% e Fortaleza com 3,96%. Apesar disso, de acordo com a pesquisa, o valor da cesta básica em Salvador têm custo abaixo da metade do valor do salário mínimo (R$ 1.518), chegando a média de R$ 620,23.
Em Belém a cesta básica custou em média R$ 700,44, já em Fortaleza, o valor médio é de R$ 697,81.
A análise do Dieese liga o aumento da cesta básica ao comportamento de três itens principais: o café em pó, que subiu em todas as cidades nos últimos 12 meses; o tomate, que aumentou em cinco cidades, mas diminuiu em outras 12 nesse período, mas teve aumento acima de 40% em Salvador, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, por conta das chuvas; e o pão francês, que aumentou em 16 cidades pesquisadas nos últimos 12 meses, o que se atribui a uma “menor oferta de trigo nacional e necessidade maior de importação, nesse cenário de câmbio desvalorizado”.
O reajuste poderia ter sido maior, porém, foi contido por itens como a batata, que diminuiu em todas as capitais no último ano, o leite integral, que, apesar do reajuste durante o ano, teve queda em 12 cidades em dezembro, e o arroz agulhinha e o feijão preto, que têm caído de preço nos últimos meses por conta de aumento na oferta.
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil