Um polêmico abaixo-assinado quer proibir os aparelhos de som nas areias de Salvador. Os equipamentos têm gerado muita confusão no verão na capital. Criador do abaixo-assinado, o baiano Lucas Albuquerque, 30, comenta que o documento já tem mais de 8 mil assinaturas na plataforma Change.org. A meta é que 10 mil pessoas colaborem.
Foram registradas 23.187 denúncias de poluição sonora em 2024 em Salvador. A média é de 63 reclamações por dia. Nenhuma delas foi motivada por emissão de sons em praias, segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Na terça-feira (4), foi protocolado um projeto de lei que prevê a proibição dos aparelhos eletrônicos, além de apreensão e multa, nas praias de Salvador.
A autoria é do vereador Alexandre Aleluia (PL). O político também é responsável pelo projeto nº 21/2025, que propõe a proibição da colocação antecipada de kits de praia no Porto da Barra sem a solicitação prévia do usuário.O vereador explicou o novo projeto de lei em uma publicação no Instagram. “Protocolei hoje um projeto de lei que proíbe caixas de som nas praias de Salvador, com multa e apreensão do equipamento pela Prefeitura”, disse.
No mês passado, um turista argentino viralizou depois de compartilhar um vídeo no qual mostra o uso de um dispositivo capaz de silenciar uma caixa de som em uma praia no Brasil. No vídeo, é possível ouvir uma música da cantora Ana Castela tocando em alto volume em uma caixa de som. Após o turista apertar um botão de um aparelho, o som para.
A publicação foi feita por Roni Baldini, o criador do dispositivo, na plataforma X, antigo Twitter. Ele mencionou ter passado por Salvador e Fortaleza durante sua viagem, mas não disse onde gravou as imagens. O equipamento, no entanto, pode oferecer risco à saúde. Segundo especialistas, o aparelho pode causar interferências graves no funcionamento de marca-passos, podendo levar à morte do portador de problemas cardíacos.
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