Segundo um levantamento da Embrapa, com dados atualizados até outubro de 2024, o extremo oeste da Bahia conquistou o posto de maior polo de irrigação por pivôs centrais no Brasil, ultrapassando o noroeste de Minas Gerais, que liderava o ranking. A irrigação por pivôs centrais é um sistema que utiliza equipamentos giratórios para distribuir água de forma uniforme sobre a área cultivada. Esse método oferece vantagens para os produtores baianos. Entre os principais benefícios estão o aumento da produtividade por área, que pode ser de duas a três vezes maior em comparação com cultivos não irrigados. Além disso, a irrigação garante uma produção agrícola mais estável e de alta qualidade e produtividade, possibilitando colheitas durante a entressafra e reduzindo a necessidade de expandir a fronteira agrícola.
“O extremo oeste baiano se consolidou como o maior polo de irrigação por pivôs centrais no Brasil devido a uma combinação de fatores, políticos, naturais e econômicos. No que diz respeito aos fatores naturais, o clima semiárido, com temperaturas altas e chuvas escassas, faz da irrigação uma necessidade para a agricultura. Além disso, o solo é fértil e ideal para o cultivo. Já os fatores econômicos incluem apoio financeiro, na forma de créditos e subsídios oferecidos pelo governo e instituições financeiras, possibilitou que os agricultores investissem em tecnologia e infraestrutura, garantindo o sucesso da produção agrícola na região”, explica diretor de agricultura do estado da Bahia, Assis Pinheiro em entrevista ao A Tarde Agro.
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