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ECONOMIA DO NORDESTE CRESCEU 5,5% EM 2024, SEGUNDO A SUDENE

Victoria Isabel - 29/01/2025 19:54 - Atualizado 30/01/2025

O coordenador-geral de Estudos e Pesquisas, Avaliação, Tecnologia e Inovação da Sudene, José Farias, divulgou, durante o seminário “Brasil em Números”, realizado nesta quarta-feira (29) na sede da Autarquia, que a Região Nordeste cresceu 5,5% no período de outubro de 2023 a outubro de 2024. O estudo foi baseado em dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, relativos ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central. A palestra de Farias girou em torno das perspectivas para a Região Nordeste em 2025.

O crescimento do setor de serviços e o aumento do consumo e da renda, segundo o coordenador, foram os responsáveis pelo dinamismo da economia nordestina. Foi enfatizado, ainda, que nos últimos 10 anos o déficit do comércio exterior foi reduzido de R$ 10 para R$ 3 bilhões e houve um crescimento nas exportações regionais. “No entanto, ainda é tímida a diversificação da pauta, concentrada nos maiores Estados (BA, PE, CE, MA)”, acrescentou José Farias. Entre as soluções apresentadas para reverter esse cenário, estão a adesão às iniciativas da Nova Indústria Brasil e o adensamento das cadeias produtivas regionais com atenção para os estados menores, além de ampliar as exportações regionais.

Em relação ao mercado de trabalho, José farias destacou que o Nordeste registra uma alta incidência de informalidade – apenas 26% das pessoas têm carteira assinada, enquanto a renda média é 1/3 menor que a nacional. “Embora alguns estados tenham crescido mais de 10% em 2024”, pondera. Para aumentar a renda média e desconcentrar o crescimento, a proposta é apoiar as cadeias produtivas, ampliar a contratação de crédito produtivo na Região e apostar na “indústria como motor do desenvolvimento duradouro”. Apenas 9% dos empregos regionais estão na indústria e, “olhando de outra forma, temos muito espaço para crescer e até retomar o passado recente”, afirma Farias. O coordenador sugere que “os recursos do BNB, BDNES e Sudene sejam ampliados para fazer frente à proposta da nova industrialização do Nordeste”.

Foto: Elvis Aleluia/ Sudene

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