O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) da Bahia utilizou cerca de R$ 194 milhões provenientes de emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, entre 2020 e 2024 para contratação de empresas.
Os dados, disponíveis no portal Transparência do governo federal, estão sendo investigados pela Operação Overclean, da Polícia Federal (PF).
A operação foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após a PF identificar indícios de envolvimento do deputado baiano Elmar Nascimento (União). Inicialmente, o caso foi distribuído ao ministro Kassio Nunes Marques, mas a relatoria pode ser alterada.
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, solicitou uma reanálise, argumentando que o processo está conectado ao debate jurídico sobre o orçamento secreto, conduzido pelo ministro Flávio Dino.
A Allpha Pavimentações, investigada pela operação, lidera a lista das empresas que mais receberam recursos do DNOCS, com R$ 53 milhões. A empresa pertence aos irmãos Alex e Fabio Parente, apontados como líderes da organização criminosa alvo da Overclean.
Outras empresas também se destacam na lista de beneficiadas, como a Yanmar South America (R$ 20 milhões), Liga Engenharia (R$ 19,5 milhões), Pejota Construções (R$ 17,3 milhões) e CBS – Construtora Bahiana de Saneamento (R$ 16,6 milhões).
Foto: Divulgação / Polícia Federal