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CID REVELA À PF QUE MICHELLE E EDUARDO BOLSONARO INTEGRAVAM ‘ALA RADICAL’ FAVORÁVEL A GOLPE

Bruna Carvalho - 27/01/2025 09:36

Em delação premiada realizada em agosto de 2023, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teriam incentivado o ex-presidente Jair Bolsonaro a tentar um golpe de Estado após a derrota eleitoral. Segundo Cid, ambos faziam parte de um grupo radical que acreditava no apoio popular e de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) para viabilizar a ação golpista. Até o momento, Michelle e Eduardo não foram indiciados, e Cid não apresentou provas em seu depoimento inicial.

Além de Michelle e Eduardo, outros aliados, como ministros e senadores, também fariam parte desse grupo. Entre os citados estão Onyx Lorenzoni, Gilson Machado, Magno Malta, Jorge Seif, o ex-assessor Filipe Martins e o general Mario Fernandes. Malta e Seif negaram envolvimento. O general Fernandes foi acusado pela PF de planejar a execução de ministros do STF e dos presidentes Lula e Alckmin, enquanto Filipe Martins foi apontado por elaborar a “minuta do golpe”.

Cid mencionou dois grupos no entorno de Bolsonaro: um mais moderado, que buscava provas de fraude nas urnas, e outro mais radical, que defendia a assinatura de um decreto para iniciar o golpe. Alguns nomes antes vistos como moderados foram posteriormente indiciados pela PF, como o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

A defesa de Bolsonaro criticou os “vazamentos seletivos” e a falta de acesso à íntegra da delação. Já as defesas de Michelle e Eduardo Bolsonaro não se pronunciaram.

Foto: Reprodução

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