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BAHIA PODE ASSUMIR LIDERANÇA DA REINDUSTRIALIZAÇÃO DO SETOR DE FERTILIZANTES, APONTA SDE

Matheus Souza - 23/01/2025 20:00 - Atualizado 23/01/2025

O Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert) considera a Bahia uma peça fundamental nesse processo. O diretor executivo do sindicato, Bernardo da Silva, e os representantes da Galvani Fertilizantes, Mauricio Bonotto e Fábio Serraiocco, procuraram a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) nesta semana para articular políticas que tornem o Brasil mais competitivo na área.

“Fomos procurados pelo sindicato para estabelecer essa parceria e para que a SDE lidere o movimento de reindustrialização do setor de fertilizantes. Como gestor da pasta de Desenvolvimento Econômico, compreendo a importância desse movimento, que fortalecerá a indústria nacional, garantirá a segurança alimentar e contribuirá para a economia do estado e do país. O Brasil não pode ser competitivo na produção de alimentos sem fertilizantes. A Bahia possui recursos minerais, gás, abriga o maior complexo químico integrado do Hemisfério Sul e, além disso, tem vocação agrícola. Trazer essa discussão para dentro do governo é essencial, e contaremos com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues nessa causa”, afirmou o secretário.

“É fundamental que a Bahia assuma o protagonismo na formulação de políticas que tragam competitividade para a produção nacional de fertilizantes. Viemos solicitar o apoio do governo baiano na renovação do Convênio 26, que garante isonomia tributária entre a produção nacional e a importação de fertilizantes, permitindo que os projetos nacionais concorram em condições iguais com os produtos importados”, destacou Bernardo Silva, diretor executivo do Sinprifert.

O diretor também ressaltou que, atualmente, o Brasil importa quase 90% dos fertilizantes consumidos pela agricultura nacional. “Grande parte dos fertilizantes que utilizamos vem de países com conflitos geopolíticos, como Rússia e Bielorrússia, o que torna o risco de desabastecimento real. O custo da importação para o Brasil é extremamente elevado, chegando a quase 25 bilhões de dólares. Esse valor poderia ser investido na expansão da agricultura brasileira, já que não há como sermos competitivos na produção de alimentos sem fertilizantes”, concluiu.

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