A diretoria da Associação dos Engenheiros da Petrobrás – Núcleo Bahia, AEPET-BA, junto com a categoria, participará na próxima quarta-feira, 22/01, às 9h, na Torre Pituba (Avenida ACM, 1113, Itaigara) do ato em defesa do teletrabalho e contra as recentes decisões arbitrárias da empresa, que promoveu mudanças sem diálogo com os trabalhadores.
De forma unilateral, a diretoria da Petrobrás decidiu alterar o regime de teletrabalho vigente, ampliando os dias de trabalho presencial, o que compromete a saúde física e mental do trabalhador, além de impactar na segurança e nas rotinas pessoal e familiar.
A AEPET pede que todos os trabalhadores marquem o trabalho presencial para o dia 22/01, participem do ato às 9h e que durante todo o dia participem da mobilização interna.
“Essa é uma pauta prioritária para a classe trabalhadora, pois se refere a um direito conquistado, três dias de teletrabalho, e que não pode ser reduzido de forma arbitrária, sem diálogo, sem negociação. Precisamos, ao contrário, avançar para a redução da jornada de trabalho, sem redução de salários e direitos. Essa tem sido uma bandeira de luta dos trabalhadores no mundo inteiro”, destaca Marcos André, presidente da AEPET-BA.
Marcos André reforça que é uma discussão sobre o fim da jornada exaustiva de trabalho e da vida do trabalhador para além do trabalho. “Mais um dia presencial significa mais um dia que o trabalhador precisa de horas de deslocamento de ida e volta e tempo de almoço na empresa, não remunerados, o que resulta em mais de 11 horas do dia dedicados exclusivamente à empresa”, calcula o dirigente.
A diretora da AEPET-BA, Érica Rebello Grisi, ressalta a pressão que os trabalhadores estão sofrendo neste momento e lembrou do sacrifício que todos os funcionários da Petrobrás fizeram para aderir ao teletrabalho quando era conveniente para a empresa.
“A AEPET-BA defende a revogação imediata da decisão de reduzir o teletrabalho e a abertura de negociação com as duas federações e seus sindicatos, para aditivo de teletrabalho no Acordo Coletivo do Trabalho”, cobra Érica Grisi.
Enquanto isso não acontecer, haverá mobilização semanal. Se até dia 09 de março a Petrobrás não revogar a decisão, a entidade propõe a decretação do estado greve na área administrativa com fechamento das unidades, a partir do dia 10 de março.
“Pedimos que nenhum trabalhador assine concordando com a redução do teletrabalho e que denuncie qualquer forma de ameaça ou coação por parte da Petrobrás”, orienta Marcos André.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil