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REPRESENTANDO O SETOR DE FIBRAS NATURAIS BRASILEIRO, EMPRESÁRIO BAIANO CUMPRIRÁ AGENDA NO CONTINENTE ASIÁTICO

Bruna Carvalho - 20/01/2025 12:20

O economista Wilson Andrade dará início a uma agenda internacional nos próximos meses com uma viagem à Índia, entre os dias 11 e 17 de fevereiro, e à China em abril (com a agenda ainda sendo definida). Durante sua estadia na Índia, Andrade participará do Bharat Tex 2025, um dos maiores eventos globais da indústria têxtil que será realizado em Nova Delhi, capital indiana. Em sua programação, em 15 de fevereiro, o evento adicionou a reunião “Soluções sustentáveis usando juta, abacá, coco, kenaf, sisal (JACKS) e fibras aliadas” do Grupo Intergovernamental de Fibras Naturais da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

Neste encontro, Andrade, que preside o Grupo Intergovernamental de Fibras Naturais da FAO e a Organização Internacional de Fibras Naturais (INFO), dará continuidade às discussões iniciadas no Encontro Mundial de Fibras Naturais, realizado em Salvador (BA) em 2024. Este evento reuniu delegações de diversos países e representantes do setor privado para debater o futuro das fibras naturais, com foco em estudos estatísticos para definição de tendências de mercado, na utilização de 100% da planta e na inclusão das fibras naturais nas políticas de mudanças climáticas.

Para a participação no Bharat Tex 2025, Andrade – que é também presidente da Câmara Setorial de Fibras Naturais (CSFN/MAPA) e do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia (Sindifibras/Fieb) – estendeu o convite aos sindicatos têxteis da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb): Sindicato da Indústria do Vestuário do Estado da Bahia (Sindvest), Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem do Estado da Bahia (Sindifite) e Sindicato da Indústria do Vestuário de Feira de Santana e Região (Sindvest Feira de Santana).

No Encontro Mundial de Fibras Naturais participaram membros da INFO (que representa 16 países produtores e consumidores de fibras naturais) e os delegados dos países membros. De forma presencial: Alemanha, Brasil, China, EUA, Filipinas, Holanda, Quênia e Reino Unido. Também marcaram presença representantes da The London Sisal Association (que reúne 12 países consumidores de fibras naturais da Europa) e da Discover Natural Fibers Initiative (14 países), além de representantes do Brasil (Paraná, DF, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará e Amazonas) e de 22 membros da CSFN/MAPA.

De acordo com Andrade, o sucesso do evento se consolidou em resultados relevantes para o setor, nos âmbitos nacionais e internacionais. “Trouxemos o evento para a Bahia com três objetivos principais. Primeiro estudar as estatísticas e definir tendências para o futuro, o que já apresenta um resultado positivo, visto que, após 30 anos perdendo mercado para os sintéticos, as fibras naturais vão crescer ao menos 1,5% a cada ano nos próximos 10 anos. Outro objetivo é a utilização total da planta, sem desperdício, o que significa economia circular, que propõem o equilíbrio entre o sistema econômico, a sociedade e o meio ambiente, e aproveitamento dos resíduos que hoje são descartados sem valor econômico. E também a inclusão das fibras naturais nas políticas, programas e incentivos ligados às mudanças climáticas. Com esse processo, pretende-se monetizar os resultados positivos já comprovados pela EMBRAPA de que várias fibras brasileiras absorvem mais carbono do que emitem em seus processos industriais. Projetos promissores como a utilização da casca do coco verde e a produção de etanol através do agave foram apresentados e demonstram um caminho próspero”, explica.

O Diretor Geral da FAO discursou na abertura parabenizando a realização do evento e falando sobre a relevância das fibras naturais. “Expresso meu sincero agradecimento ao Governo do Brasil por sediar esta sessão. O setor das fibras, e particularmente as fibras JACKS, proporciona benefícios comerciais e de mercado significativos para muitos países de baixo rendimento e economias emergentes, representando matérias-primas renováveis, exigindo poucos ou nenhum insumo químico ou outros insumos importantes. Ao mesmo tempo, proporcionam emprego e rendimento às comunidades rurais, e contribuem para a segurança alimentar, especialmente em tempos de seca”, declarou QU Dongyu.

Foto: SECOM ABAF

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