A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, enfrenta acusações de assédio moral e xenofobia, feitas por ex-servidoras de sua equipe. Em relatos divulgados pelo Estadão, as denúncias envolvem práticas de hostilidade, cobranças excessivas e discriminação. O caso já chegou à Controladoria-Geral da União (CGU) e da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República para investigação.
Além de Cida Gonçalves, outras servidoras do ministério, incluindo a secretária-executiva Maria Helena Guarezi, a corregedora Dyleny Teixeira Alves da Silva e a ex-diretora de Articulação Institucional Carla Ramos, também foram citadas nas denúncias.
Os documentos e áudios obtidos pelo Estadão revelam episódios de ameaças de demissão, gritos e cobranças de resultados em prazos apertados, que teriam afetado a saúde e o bem-estar das servidoras. Tais práticas podem configurar assédio moral, conforme apontam as ex-colaboradoras da ministra. Os relatos também indicam manifestações de preconceito, incluindo episódios de racismo e xenofobia.
As denúncias ganham relevância no contexto político atual, uma vez que Cida Gonçalves é uma figura próxima da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. Apesar das acusações, a ministra segue no cargo, sem mudanças significativas em sua equipe, e o caso tem sido tratado com discrição dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.