A Bahia ocupa o terceiro lugar no ranking dos estados com o gás de cozinha mais caro do Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do botijão de 13 kg no estado é de R$ 123,59, enquanto em Roraima e Amazonas os valores alcançam R$ 137,03 e R$ 126,59, respectivamente.
Desde 2021, a Acelen, administradora da Refinaria Mataripe (antiga Landulpho Alves), é responsável pela definição dos preços do gás na Bahia. Diferentemente da Petrobras, que utiliza uma política de preços uniforme para o restante do país, a Acelen realiza ajustes mensais, como explica Robério Souza, presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas).
“A cada dia primeiro, a Acelen revisa os preços, podendo aumentar ou reduzir os valores. Nós, revendedores, temos enfrentado grandes dificuldades para equilibrar as contas”, afirma Souza.
Há ainda uma disparidade nos preços dentro do estado. Em Salvador, o botijão custa, em média, R$ 127, enquanto em Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, o valor pode atingir R$ 170, cerca de R$ 40 acima da média estadual. Considerando o salário mínimo atual de R$ 1.518, o custo do botijão equivale a 11% da renda mensal de quem ganha o mínimo.
Os revendedores destacam que, além dos reajustes da refinaria, os preços são influenciados por fatores como custos de transporte e mão de obra, especialmente em cidades distantes da refinaria.
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
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