O economista e educador financeiro Edísio Freire acredita que existem algumas estratégias para que as pessoas que gastam mais nesse período de final de ano não perderem a linha financeira. “Nesse ponto, o que provavelmente vai assustar mais o bolso do consumidor é o cartão de crédito. Ah, mas o cartão de crédito não é um gasto de início de ano. De fato, não é. Mas ele vem refletido em gastos que você realmente tem no final do ano. Uma fatura do cartão de crédito fora do que você imaginava acaba tirando você do seu planejamento. Gastos com cartão precisam ser muito bem desenhados, sobretudo, em 2025”, complementa.
Ano que, ainda de acordo com o economista e educador financeiro, será de alta na taxa de juros e perda do poder de compra, com a inflação ultrapassando a meta e o real desvalorizado diante do dólar. “O cenário econômico brasileiro para 2025 traz uma expectativa de alta da taxa de juros que deve bater na casa dos 15% ao ano e uma perspectiva de alta da inflação, que já não está mais no teto da meta. O real desvalorizado frente ao dólar, passando da casa dos R$ 6, também se torna um fator preponderante que dificulta manter o orçamento”.
Além disso, aquele crédito que o consumidor pega no banco toda vez que está no aperto deve ficar ainda mais caro. “A taxa de juros alta só pode ser algo positivo para quem tem investimentos que rendem de acordo com a Selic (taxa básica de juros). Com o crédito ficando mais caro, consequentemente, o custo Brasil também fica. As empresas investem menos, geram menos empregos e o consumidor perde seu poder de compra com todo esse impacto na renda. Esse cenário desafiador torna o planejamento a palavra-chave para que a gente passe 2025 com um pouco de estabilidade”. E se você se perguntou agora como vai conseguir guardar alguma coisa, quando, na verdade, o grande problema é que o dinheiro segura as despesas da sua planilha, Edísio traz cinco conselhos que podem ajudar a amenizar a dor de cabeça que é sortear qual a conta que vai pagar no mês. Confira.
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