Cinco meses. Esse foi o tempo de duração do roteiro aéreo entre Salvador e Feira de Santana. Em dezembro de 2023, as viagens, que aconteciam duas vezes por semana, foram encerradas. Agora, três novas cidades baianas serão beneficiadas com o incremento de novos voos vindos da capital. São elas: Barreiras, Guanambi e Lençóis. Para o setor aéreo, há demanda suficiente para que os roteiros sejam viáveis economicamente.
Durante o lançamento das novas operações, Julio Ribas, CEO do Salvador Bahia Airport, avaliou que a proximidade entre a capital e Feira de Santana contribuiu para que os voos fossem descontinuados, em 2023. “São situações bem diferentes. Feira de Santana é uma cidade maravilhosa, mas que está a cerca de 100 quilômetros de Salvador, que é atendida por um aeroporto com conexões nacionais e internacionais. A viabilidade de manter um voo em Feira é muito menor”, explicou em entrevista ao Jornal Correio.
Os novos voos, que serão operados pela companhia Azul e custam a partir de R$ 500, vão conectar cidades que estão até 860 quilômetros de distância da capital. Caso de Barreiras, no oeste baiano. Se feito de carro, o tempo de viagem é, em média, 12 horas. O voo terá duração de 2h10. “São regiões mais distantes, que não estavam sendo atendidas e que possuem demanda”, completa Julio Ribas. As viagens para Feira de Santana aconteciam duas vezes por semana e eram operadas pela VoePass em parceria com a Latam Linhas Aéreas.
Cesar Grandolfo, diretor de Relações Institucionais da Azul, explica quais fatores tornam uma operação aérea viável. “Não é uma análise única. É preciso analisar se a demanda, o ticket médio e a ocupação conseguem sustentar aquele voo. Não adianta ter um voo cheio se a tarifa for muito baixa ou o contrário”, explica.
As cidades beneficiadas com novos voos possuem características econômicas que justificam o investimento, de acordo com o setor. No caso de Barreiras, a forte presença do agronegócio no oeste baiano. Guanambi, no centro-sul, integra o Complexo Eólico Alto Sertão – o maior de energia eólica da América Latina. Em Lençóis, o foco é a atração de turistas que visitam a Chapada Diamantina.
Crédito: Arisson Marinho/CORREIO
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