O Ibovespa registrou alta nesta segunda-feira, seguindo a tendência positiva observada nos principais índices de Wall Street e na Europa, impulsionado por um apetite global por risco. A recuperação ocorre após duas semanas de volume reduzido de negociações, com o mercado reagindo a expectativas de uma postura mais moderada na tarifação do novo governo de Donald Trump, conforme apontado pelo “The Washington Post”, embora o presidente eleito tenha refutado a informação. Além disso, os dados melhores que o esperado do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços da zona do euro contribuíram para o movimento.
Por volta das 13h, o Ibovespa subia 1,01%, alcançando 119.727 pontos. Durante o dia, o índice variou entre uma mínima de 118.534 pontos e uma máxima de 120.322 pontos, com o volume financeiro projetado para o pregão sendo de R$ 14,5 bilhões. Nos Estados Unidos, o S&P 500 avançava 1,21%, o Dow Jones registrava um ganho de 0,56% e o Nasdaq subia 1,93%.
A maioria das ações estava em alta após um período de baixa liquidez nos últimos dias de 2024. Na sexta-feira, o Ibovespa perdeu o suporte dos 120 mil pontos, mas com as ações bastante descontadas, o mercado parece estar passando por um movimento de correção. Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, comentou que a liquidez fará uma grande diferença, ressaltando que para o mercado financeiro, o ano começa em dois momentos: 1º e 20 de janeiro.
Entre os destaques de alta estão ações de empresas ligadas à economia doméstica, como Carrefour ON, que subiu 8,85%, Yduqs ON com um ganho de 7,34% e Vamos ON que avançou 5,68%. A ação preferencial da Azul disparou 10,40%, impulsionada pela queda do dólar e pelo anúncio de um acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal para reestruturar seu passivo fiscal. A Eneva também teve destaque, com a ação ordinária subindo 4,67% após a mudança nas regras do leilão de reserva de capacidade térmica, beneficiando o complexo Parnaíba da empresa.
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