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BRASIL FICA EM 5ª LUGAR NA PRODUÇÃO DE COLCHÕES NO MUNDO

Matheus Souza - 06/01/2025 16:20

A Associação Brasileira da Indústria de Colchões (ABICOL), entidade que representa o setor colchoeiro no país, divulga o balanço anual do segmento. A associação estima que o setor deve fechar 2024 com uma receita líquida na ordem de R$ 7,2 bilhões, o que representa alta de 5,11% em comparação ao ano anterior, quando registrou R$ 6,85 bilhões. Na quantidade produzida, a elevação deve ser de 3,52% em relação a 2023, de 21,17 milhões para 21,91 milhões de unidades. Já as vendas de colchões devem superar 21,88 milhões de unidades, aumento de 3,89%, comparado com o mesmo período do ano passado, em que registrou 21,06 milhões de unidades.

Para o próximo ano, a ABICOL prevê um crescimento superior a 6,5%, atingindo R$ 7,67 bilhões em receita líquida. O levantamento revela ainda que o Brasil é o quinto maior produtor de colchões do mundo e lidera o consumo de colchões na América Latina, representando 40% do volume total.

De acordo com Adriana Perini, diretora executiva da ABICOL, a alta nos custos de operação e a deflação nos preços no varejo, indicada pelo IPCA de novembro, chamam a atenção. “O setor enfrenta um período desafiador, principalmente, com a alta no preço dos insumos e nos custos da cadeia logística. Se ainda assim ocorre deflação, a vigilância de mercado assume um papel estratégico. Precisamos garantir que os produtos estão atendendo aos padrões obrigatórios de qualidade e conformidade para justificar o fechamento dessa conta. Nesse contexto, é fundamental que o consumidor se atente à procedência do colchão, que pode ser conferida pelo Selo de Identificação de Conformidade do Inmetro, entre outras pesquisas, como no site do Observatório do Colchão, por exemplo.”

Ainda segundo Adriana, embora o mercado demonstre um cenário desafiador, a ABICOL acredita na capacidade do setor de se reinventar por meio da inovação e de regulamentação justa, que fortaleça as marcas nacionais e, dessa forma, permita o desenvolvimento sustentável do mercado. “Para isso, a ABICOL está empenhada em ampliar a visibilidade do setor, promovendo estudos sobre desempenho, suporte e a vida útil do colchão. Aliás, o Brasil é o único país no mundo a contar com regulamento compulsório que exige que os colchões sejam submetidos a testes em laboratório acreditado. Esses testes e outras análises obrigatórias verificam a conformidade em cerca de uma dezena de critérios antes que o produto possa ser comercializado no território nacional. Nosso compromisso é com a qualidade, a inovação, a sustentabilidade e, dessa forma, fortalecer todo o ecossistema colchoeiro”, pontua Adriana.

Segundo o levantamento da ABICOL, de 2022 para 2024, o Brasil passou de 297 para 339 fábricas. O Sudeste concentra a maior parte delas (35,9%), seguido pela região Sul (24,55%), e depois pelo Nordeste (19,16%), Centro-Oeste (13,17%) e Norte (7,19%). O segmento gera cerca de 39 mil empregos diretos. De acordo com a entidade, colchões de espuma e mistos representam cerca de 50% do volume dos colchões produzidos no Brasil, os colchões de mola detêm 35% da produção e os demais tipos somam 15%.

 

Fonte: SIDRA – Banco de Tabelas Estatísticas do IBGE

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