A taxa de inadimplência de aluguel na Bahia registrou nova alta em novembro, passando dos 4,73% do mês anterior para o patamar de 4,95% – um aumento de 0,22 ponto percentual. Os dados são do Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário.
O índice mantém a tendência de elevação já verificada em setembro e outubro no estado. O valor apurado é o maior desde abril, mas ainda distante do pico de 2024 em território baiano, que foi de 6% em janeiro. Entre as regiões do país, o Norte lidera o ranking com a maior taxa de inadimplência do período, com 6,10%, seguido do Nordeste (4,87%), Sudeste (2,89%), Centro-Oeste (2,88%) e Sul (2,64%).
O movimento da taxa de inadimplência na Bahia foi contrário ao verificado na média do Brasil como um todo, a qual apresentou queda de 0,11 ponto percentual, caindo de 3,31% em outubro para 3,20% em novembro.
O levantamento do Grupo Superlógica aponta que a Paraíba, a exemplo do que ocorreu em outubro, registrou em novembro a maior taxa do país, desta vez com 15,77%. A lista das taxas de inadimplência locatícia mais elevadas segue com Amazonas (12,29%), Rondônia (7,78%), Pará (6,31%), Piauí (5,80%) e Maranhão (5,50%). A Bahia (4,95%) aparece logo depois, em sétimo lugar entre os estados mais inadimplentes. O ranking dos estados com as menores taxas é liderado por Santa Catarina (1,88%), seguido de Sergipe (1,89%), Espírito Santo (2,22%), Distrito Federal (2,26%), Minas Gerais (2,40%), Amapá (2,41%) e Rio Grande do Sul (2,83%).
Nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência foi na faixa de aluguel acima de R$ 13.000 (5,41%), enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 (1,82%). Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa de até R$ 1.000 trouxe a maior taxa (6,54%), e a menor foi na faixa de R$ 2.000 a R$ 3.000, de 3,50%. Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos caiu de 2,34%, em outubro, para 2,22%, em novembro; e a de casas, de 3,79% para 3,54%. Os imóveis comerciais tiveram 4,14% de inadimplência, 0,09 ponto percentual acima de outubro, que fechou em 4,05%.
“As condições regionais, como taxa de emprego e nível de renda das famílias, têm sido preponderantes para definir as variações dos índices de inadimplência”, afirma Manoel Neto, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica. “Apesar da recente alta em relação a outubro, o indicador na Bahia é 1,09 ponto percentual inferior ao de novembro de 2023, o que ainda nos dá uma perspectiva favorável sobre o cenário local considerando a análise comparativa de 12 meses.”
Foto: Evandro Veiga/Correio