O cacau foi a commodity agrícola que mais se valorizou-se em 2024. O cacau acumulou alta de 150% na bolsa de Nova York no ano passado.
A crise na oferta e um movimento especulativo que poucas vezes se viu nesse mercado foram determinantes no processo.
Em dezembro, o valor médio dos contratos de segunda posição chegou a US$ 10,5 mil a tonelada, o que representou uma alta de 30,6%. No mês passado, o cacau atingiu seu maior valor de fechamento em Nova York na história: no dia 18, a amêndoa encerrou o dia a US$ 12,6 mil.
As chuvas em excesso, seguidas por um período de secas no oeste da África, que responde por cerca de 70% da produção de cacau do mundo, minaram as esperanças de que o ciclo de três temporadas de déficit consecutivas chegaria ao fim. A incerteza com o tamanho da safra tomou conta dos investidores, e as cotações dispararam desde então.
Com isso, o cacau, que no passado variava em torno de US$ 80 a cada sessão, agora chega a US$ 1 mil.
Os fundamentos atuais sugerem que o preço do cacau seguirá em alta, mas Adilson Reis, analista especializado no mercado de cacau, prevê ajustes nas cotações a partir do primeiro trimestre de 2025.
“Com esse patamar de preço na bolsa, há um desequilíbrio na cadeia produtiva. As indústrias de chocolates estão se reinventando nesse momento de alta da cotação da matéria-prima. Ainda teremos preços elevados, mas creio em um ajuste nas cotações na casa entre US$ 7 mil e US$ 9 mil a tonelada”. Com informações do Globo Rural.
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