O Senai Bahia prorrogou até 9 de janeiro as inscrições para bolsas de estudos do Processo Seletivo 2025.1 dos Cursos Técnicos. São oferecidas 1.060 bolsas de estudo gratuitas em cursos presenciais (507) e semipresenciais (553) em 15 cidades baianas. As bolsas de estudo são destinadas a estudantes que tenham obtido pontuação média igual ou superior a 500 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos anos de 2019, 2020, 2021, 2022 ou 2023 que declararem baixa renda e atenderem a outros requisitos previstos no edital do processo seletivo.
“Todos os nossos programas eles são desenvolvidos pensando nas demandas das indústrias”, explica Patrícia Evangelista, superintendente executiva de Educação Profissional do Senai Bahia. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela internet no site www.tecnicosenai.com.br, ou presencialmente nas centrais de atendimento ao candidato das unidades do Senai Bahia.
Aqueles que não atenderem aos requisitos para se candidatar às bolsas podem se matricular, também até o dia 09 de janeiro, com desconto de 40% na primeira mensalidade. O desconto vale tanto para os cursos presenciais como para os semipresenciais. No total, o processo seletivo 2025.1 oferece 7.024 vagas, distribuídas nos municípios de Alagoinhas, Barreiras, Camaçari, Feira de Santana, Ilhéus, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Salvador (Unidades: Cimatec e Dendezeiros), Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.
As 21 opções de cursos disponíveis são: Administração, Agroindústria, Automação Industrial, Biotecnologia, Desenvolvimento de Sistemas, Edificações, Eletromecânica, Eletrotécnica, Logística, Manutenção Automotiva, Manutenção de Máquinas Industriais, Mecatrônica, Mecânica, Multimídia, Petroquímica, Planejamento e Controle da Produção, Qualidade, Química, Redes de Computadores, Refrigeração e Climatização e Segurança do Trabalho.
Formação técnica
Jovens com formação técnica têm renda 32% maior em comparação com os que concluíram o ensino regular, conforme apontou um recente estudo do Insper. Embora esse número seja positivo, o espaço para o ensino técnico no país ainda é pequeno. Apenas 10% dos alunos do ensino médio estão em cursos desse tipo. Outro levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI) em parceria com o Senai, com 2.007 pessoas de todo o Brasil, mostra que 42% dos jovens de 14 a 24 anos não conhecem a formação técnica.
Patrícia Evangelista diz que a formação técnico-profissional é de grande importância para o mercado de trabalho atual, uma vez que, com a formação técnica, esse profissional consegue alinhar competências teóricas a habilidades práticas desenvolvidas. “Várias indústrias têm buscado técnicos para seus quadros, e de um ano e meio a dois anos já é possível acessar o mercado de trabalho de uma forma qualificada e mais rápida. Então, de fato, o mercado hoje demanda técnicos bem qualificados e a formação técnica permite essa forma mais competitiva e rápida de acessar o mercado. São de diversos segmentos industriais que demandam técnicos formados”, comenta.
Ainda de acordo com ela, existem segmentos que procuram técnicos com uma formação mais transversal, como é o caso de um técnico em segurança do trabalho, em logística, para a área de manutenção, como eletromecânica, eletrotécnica, mecatrônica, automação, técnico na área de qualidade, de redes de computadores para suporte, refrigeração, climatização
“Temos também aqueles técnicos específicos, um técnico em petroquímica, um técnico na área de química, na área de edificações, que atuam em determinados segmentos específicos. Então os diversos segmentos industriais demandam a formação técnica, seja para uma atuação específica no seu setor ou uma atuação transversal. Existe sim uma demanda crescente e pontuada pelas empresas que buscam profissionais técnicos qualificados”, completa.
Patrícia pontua ainda que o setor de informática, de tecnologia da informação, têm uma grande demanda por profissionais para atuar tanto na manutenção de sistemas e redes de computadores, bem como no desenvolvimento de sistemas. Alonso Silva, de 28 anos, fez o curso técnico em mecânica. Durante a formação, ele aprendeu sobre assuntos como sistemas de transmissão, processos de usinagem, desenhos técnicos, hidráulica e pneumática. Não demorou para o jovem conquistar uma vaga no mercado de trabalho. “Morava em Salvador e assim que me formei recebi uma proposta para trabalhar em Camaçari. Foi questão de poucos meses. Meu irmão mais velho já tinha feito o mesmo curso e assim como eu foi logo para o mercado, isso me chamou atenção e fiz o mesmo”, conta.
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