O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte do ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, aos 100 anos. “Foi, acima de tudo, um amante da democracia e defensor da paz”, escreveu, em seu perfil na rede social X.
“No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina.”
“Carter conseguiu a façanha de ter um trabalho como ex-presidente, ao longo de décadas, tão ou mais importante que o seu mandato na Casa Branca”, completou.
No post, Lula cita ainda que o ex-presidente norte-americano “criticou ações militares unilaterais de superpotências e o uso de drones assassinos”, além de ter trabalhado junto ao Brasil na mediação de conflitos na Venezuela e na ajuda ao Haiti.
“Criou o Centro Carter, uma referência mundial em democracia, direitos humanos e diálogo. Será lembrado para sempre como um nome que defendeu que a paz é a mais importante condição para o desenvolvimento”, concluiu Lula.
Jimmy Carter, um fazendeiro que, como presidente dos Estados Unidos, enfrentou uma economia desfavorável e a crise de reféns no Irã, e que também intermediou a paz entre Israel e Egito e recebeu o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho humanitário, morreu em casa, na Geórgia, no domingo (29).
Democrata, Carter serviu na Casa Branca entre janeiro de 1977 e janeiro de 1981. Tendo vivido mais que qualquer outro ex-presidente na história dos Estados Unidos, viu sua reputação aumentar depois que deixou o cargo – feito que ele mesmo reconheceu.
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil