A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27). Este é o menor índice da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. No trimestre anterior, finalizado em outubro, o índice era de 6,2%.
Anteriormente, o menor patamar registrado havia sido em dezembro de 2013, quando o desemprego ficou em 6,3%. Em relação ao trimestre terminado em agosto, houve uma redução de 0,5 ponto percentual. No mesmo período de 2022, a taxa era de 7,5%.
Atualmente, 6,8 milhões de brasileiros estão desempregados, o menor número desde dezembro de 2014, representando quedas de 7% em relação ao trimestre anterior e 17,5% em comparação com o ano passado.
População ocupada atinge recorde histórico
A população ocupada no Brasil chegou a 103,9 milhões de pessoas, um recorde desde o início da série histórica, com aumentos de 1,4% no trimestre e 3,4% no ano. Com isso, a taxa de ocupação atingiu 58,8%, o maior nível desde 2012.
Força de trabalho e subutilização
O Brasil possui 110,7 milhões de pessoas na força de trabalho, enquanto 66 milhões estão fora dela — grupo que inclui indivíduos desempregados, mas que não estão procurando trabalho.
A população subutilizada, composta por pessoas desocupadas, subocupadas ou fora da força de trabalho potencial, somou 17,8 milhões, o menor número desde maio de 2015. Esse total recuou 3,9% no trimestre e 11% no ano.
Já a população desalentada, formada por aqueles que desistiram de buscar emprego, ficou em 3 milhões, o menor patamar desde abril de 2016, apresentando estabilidade no trimestre e queda de 10,3% no ano.
Informalidade e setor público
O número de trabalhadores no setor privado, com e sem carteira assinada, atingiu 53,5 milhões, também um recorde histórico. Entre os empregados com carteira, o total chegou a 39,1 milhões, uma alta de 1,3% no trimestre e 3,7% no ano. Já os sem carteira somam 14,4 milhões, apresentando estabilidade no trimestre e crescimento de 7,1% no ano.
A taxa de informalidade ficou em 38,7% da população ocupada (40,3 milhões de pessoas), estável em relação ao trimestre anterior e levemente inferior ao mesmo período de 2022 (39,2%).
No setor público, o número de empregados alcançou 12,8 milhões, um recorde, com aumento de 5,6% no ano.
Rendimentos e massa salarial
O rendimento médio habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.285 no trimestre encerrado em novembro, estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.263) e 3,4% superior ao mesmo período de 2022.
A massa de rendimentos, que soma os ganhos de todos os trabalhadores, chegou a R$ 332,7 bilhões, registrando alta de 2,1% no trimestre e 7,2% no ano.
Foto: Geraldo Bubniak/AEN