A maior parte da população da região Nordeste vai entrar em 2025 otimista em relação ao Brasil no próximo ano, com boas perspectivas para salário, crédito e emprego.
Essa é uma das conclusões da última pesquisa RADAR FEBRABAN do ano, realizada agora em dezembro pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) para avaliar a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o país.
Quando perguntados sobre a situação do país, 71% dos nordestinos acreditam que em 2025 o Brasil irá melhorar ou ficar como está (54% apostam na melhoria e 17% pensam que o país ficará na mesma). Outros 24% disseram que o país vai piorar no próximo ano, enquanto 5% não souberam ou não quiseram responder.
Os indicadores econômicos que mais provocam otimismo na região são os salários, o acesso ao crédito e o emprego. Para 82% dos entrevistados, os salários vão aumentar ou permanecer os mesmos (47% e 35%, respectivamente). Os que pensam que os salários vão diminuir somam 14%, ao passo que 4% não souberam ou não quiseram responder.
O acesso ao crédito para pessoas e empresas deve aumentar ou permanecer o mesmo no entendimento de 67% dos entrevistados (33% e 34%, respectivamente). Por outro lado, 28% do total têm a percepção de que esse acesso vai piorar, enquanto 5% não souberam ou não quiseram responder.
Na opinião de 58% dos entrevistados, o desemprego cai ou fica na mesma no próximo ano (32% e 26%, respectivamente). Há ainda 37% de pessoas que acreditam na piora desse indicador; apenas 5% não souberam ou não quiseram responder.
Para o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do IPESPE, a avaliação de 2024 e as perspectivas para 2025 carregam sentimentos de cautela e otimismo, que refletem o que ocorreu ao longo de todo ano.
“De um lado, o período que se encerra teve um viés positivo para as pessoas e as famílias, com a alta do emprego, mas também foi influenciado negativamente pela seca, queimadas e pelo noticiário de alta da Selic, dos juros e da inflação. Tudo isso teve particular impacto nas percepções sobre a economia entre o terceiro o último trimestre do ano”, aponta Lavareda.
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil