O Brasil assumirá a presidência do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em 1º de janeiro de 2025, sendo a quarta vez que o país lidera o bloco. A presidência brasileira terá como prioridade a cooperação entre os membros e a discussão de temas como mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e regulamentação da inteligência artificial.
“O Brics representa mais de 40% da população mundial e 37% do PIB global, tendo um papel fundamental na construção de um mundo mais sustentável”, destacou Eduardo Saboia, embaixador brasileiro e sherpa do bloco em 2025.
A realização da COP-30 em Belém, também em 2025, será um marco para avançar no debate sobre questões climáticas. Saboia destacou que os países do Brics têm papel crucial na redução das emissões de gases de efeito estufa, especialmente na área de energia. Ele também mencionou a importância de estabelecer governança para a inteligência artificial, uma tecnologia ainda carente de regulamentação global.
Outro foco da presidência brasileira será a expansão do bloco. Em 2023, o Brics convidou seis novos países – incluindo Argentina, Egito e Arábia Saudita – e criou uma categoria de membros associados, com 13 nações como Cuba e Indonésia. Segundo Saboia, a ampliação reflete a diversidade do sul global e fortalece a influência do bloco em questões internacionais, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU.
A presidência será uma oportunidade para o Brasil promover reformas na governança global e a cooperação internacional. “O Brics tem um papel estabilizador ao reunir países com sistemas políticos e desafios distintos, criando soluções para questões que impactam toda a população mundial”, afirmou Saboia.
Foto: Brics/Divulgação