A véspera de Natal foi marcada por ruas e shoppings movimentados, com grande fluxo de consumidores em busca das últimas compras. Em Copacabana, as lojas de moda e artigos natalinos concentraram a maior parte da movimentação pela manhã, enquanto no Rio Sul Shopping, na Zona Sul, que abriu suas portas às 9h, os produtos mais procurados logo cedo foram panetones e roupas.
O pagamento da segunda parcela do décimo terceiro, que ocorreu na terceira semana de dezembro, impulsionou o otimismo no setor de shopping centers, refletindo nas expectativas de faturamento para este fim de ano, segundo Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).
Além disso, o cenário favorável é reforçado pela taxa de desemprego historicamente baixa e pela taxação das plataformas internacionais desde agosto, fatores que contribuem para que o setor de shoppings encerre 2024 com um faturamento próximo de R$ 200 bilhões, o que representa um crescimento real de 6% em relação ao ano anterior, de acordo com projeções da Alshop.
A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) prevê que o faturamento total do Natal de 2024 ultrapasse os R$ 6 bilhões, um aumento de 7% em relação ao ano passado. Glauco Humai, presidente da Abrasce, atribui a projeção ao aumento da renda disponível, ao crescimento do emprego e às promoções adotadas pelo varejo.
Entretanto, consumidores que deixaram suas compras para a véspera de Natal no Centro do Rio relataram enfrentar preços mais altos do que o esperado. De acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o gasto médio com presentes deve ser de R$ 300,29, resultando em uma movimentação de R$ 675,28 milhões.
Com o aumento do dólar e a inflação, especialmente nos alimentos, os brasileiros precisaram se adaptar para as compras deste Natal. Aqueles que deixaram a ceia para a última hora enfrentaram também o desafio do tempo, dificultando ainda mais a tarefa de garantir os itens desejados.
Fonte: O Globo
Foto: Roberto Abreu
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