A movimentação nos principais centros comerciais de Salvador começa a crescer com a aproximação do Natal: não só o setor aguarda ansioso por um bom resultado nas vendas, como os consumidores esperam encontrar boas promoções para festejar o dia 25 de dezembro cheios de presentes, do jeito que o brasileiro gosta. Quem passa pela Avenida Sete de Setembro, por exemplo, mal consegue andar com tanta gente nas calçadas. O fluxo ainda é menor nos shoppings centers, mas os comerciantes acreditam que a partir de hoje (19) ele deva aumentar gradativamente até a terça-feira (24).
Um estudo desenvolvido pela Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamentos, em parceria com o Instituto Datafolha, revelou que 62% da população tem a intenção de comprar presentes neste Natal. A projeção é de que, neste ano, os brasileiros gastem, em média, R$ 446 com presentes de Natal, um aumento de cerca de 7% em comparação aos R$ 418 registrados em 2023. Na Bahia, o faturamento é estimado em R$ 22,2 bilhões durante todo o mês de dezembro, conforme apontou a Fecomércio-BA. O crescimento nas vendas deve ser em torno de 13%. Se a expectativa for confirmada, será o melhor desempenho de dezembro desde 2015.
Segundo o presidente da entidade, Kelsor Fernandes, o comércio chegou neste final de ano com toda força devido a baixa taxa de desemprego e inflação menor que há um ano. “O comércio chega com toda a força neste final de ano, com a expectativa do seu melhor desempenho em quase 10 anos. A base desse resultado está sólida, com uma baixa taxa de desemprego, inflação menor do que há um ano, crédito ainda abundante, inadimplência em queda e recursos importantes do 13º salário. É um grande momento não apenas para o comércio, mas também para a economia baiana”, afirmou.
Com a data de recebimento da segunda metade do 13º salário prevista para acontecer até o dia 20 deste mês, a previsão é que o subsídio de natal injete na economia baiana pelo menos R$14,5 bilhões, dos quais R$ 4,8 bilhões devem ser direcionados especificamente para o consumo. Um adicional de R$ 2,5 bilhões em relação ao ano passado. A Fecomércio destaca como “evidente” a importância desses recursos para as vendas de final de ano, sendo praticamente o principal definidor do desempenho do setor varejista.(TB)
Foto: divulgação