O dólar opera em alta mesmo após um leilão de venda da moeda realizado pelo Banco Central do Brasil (BC) para conter a desvalorização do real, mas com o cenário fiscal ainda no radar. A moeda chegou a bater o recorde de R$ 6,30 por volta das 10h10. O foco do mercado segue no cenário fiscal. Nesta quarta-feira, relator de um dos projetos do pacote de corte de gastos do governo federal na Câmara dos Deputados apresentaram seus pareceres para que os textos sejam votados na Casa.
O problema é que houve uma “desidratação” de algumas medidas — ou seja, amenizou alguns pontos no texto que podem resultar em uma contenção das despesas públicas menor que o esperado. Investidores acompanham de perto o desenrolar das propostas que compõem o pacote de corte de gastos e há um temor de que as medidas anunciadas não sejam suficientes para equilibrar as contas públicas e conter o avanço das despesas do governo. Há expectativas de que mais medidas do pacote sejam votadas nesta quinta. Além do cenário fiscal, o mercado repercute, também, o relatório de inflação do BC. A instituição admitiu oficialmente que a meta de inflação, em 2024, será descumprida novamente, pelo terceiro ano seguido. A meta para 2024 era de 3,0% e poderia oscilar entre 1,50% e 4,50% para ser considerada formalmente cumprida.
Dólar
Às 10h15, o dólar subia 0,34%, cotado a R$ 6,2885. Na máxima do dia, porém, chegou a R$ 6,3000. Veja mais cotações. Na véspera, a moeda norte-americana subiu 2,82%, cotada a R$ 6,2672.
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Ibovespa
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