O Superintendente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Vladson Menezes, disse nesta quarta-feira (18), que o setor de setor da construção civil no estado esta estagnado.
“A construção civil teve um crescimento de 3,8% no Brasil, mas na Bahia estamos em uma situação de estagnação deste setor. isso ocorre, porque não houve grandes lançamentos imobiliários. No mesmo sentido, a entrega do programa Minha Casa Minha Vida só ocorreu no segundo semestre e as obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão num ritmo lento,” disse o superintendente.
Apesar da elevação da taxa de juros, que deve inibir as vendas no mercado imobiliário, há a expectativa de ampliação de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida e alguns investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). E o horizonte é mais positivo para o próximo ano é a Construção Civil.
Já a indústria deverá crescer, embora alguns setores sejam afetados. Por ser em boa parte produtor de bens tradable, o cenário externo é pouco favorável, influenciado pela desaceleração do mercado chinês e as tensões no mercado do petróleo impactado pela Guerra da Ucrânia e pelo conflito entre Israel e Hamas. “Outro fator que traz incerteza é o início do governo Trump nos Estados Unidos, com ameaça de elevação de tarifas de importação de manufaturados e o acirramento das tensões comerciais”, acrescenta o superintendente da FIEB, Vladson Menezes.
Esse cenário internacional deve influenciar o desempenho da indústria de transformação da Bahia. Um segmento importante que deve enfrentar um ano difícil é o de Química e Petroquímica, que passa por um ciclo de baixa dos preços em nível internacional, com invasão dos importados no mercado nacional. Também com grande peso na indústria de transformação baiana, o segmento de Refino de petróleo sofrerá influência do mercado mundial de derivados de petróleo, que não está aquecido. “Esse cenário deve ser compensado com algum incremento da demanda do mercado interno, o que deve resultar em crescimento, porém em ritmo menor que o de 2024”, estima o superintendente da FIEB, Vladson Menezes.
E há para 2025 a expectativa de retomada da produção de automóveis na Bahia, com a inauguração da fábrica da BYD em Camaçari, prevista para o primeiro semestre, que deverá ter um impacto positivo na economia, com a geração de emprego e renda.
Atualizada às 18:00