Pacientes baianos com diagnóstico de câncer de pele serão selecionados a qualquer momento para participar de um importante estudo mundial que visa avaliar a eficácia de uma vacina contra o câncer de pele não-melanoma do subtipo escamocelular. O estudo mundial será realizado simultaneamente em vários países e busca determinar se o novo tratamento tem eficácia e segurança para seguir com aprovação para uso comercial.
Apesar de usar a tecnologia semelhante a que foi usada para produzir a vacina para a COVID-19, a terapia em teste nesse estudo é inovadora, pois será desenvolvida uma vacina indivualizada produzida especificamente para cada paciente. Estudos preliminares em melanoma demonstram que essa terapia é segura e consegue melhorar o sistema imune no combate do câncer de pele.
Para este estudo, serão selecionados pacientes portadores de carcinoma escamocelular localmente avançado que sejam candidatos a cirurgia e o paciente terá a possibilidade de receber uma imunoterapia ja conhecida e aprovada chamada pembrolizumabe com ou sem a associação da V940, terapia imune individualizada no cenário neoajuvante, ou seja, antes da realização da cirurgia, visando reduzir as dimensões dos tumores e permitindo um cirurgia menos mórbida e com maiores chances de cura.
Na Bahia, quem conduzirá o estudo é o ETICA Pesquisa e Ensino, centro de pesquisa independente sem fins lucrativos, sediada em Salvador. Dr. Iuri Santana, Investigator do ETICA e um dos responsáveis pelo ensaio científico no estado, afirma que “este é um passo significativo na luta contra o câncer de pele, que contribuirá para uma pesquisa que pode levar à aprovação de um tratamento inovador e potencialmente eficaz.”
Os interessados em participar do estudo deverão passar por um processo de seleção e recrutamento conduzido pela equipe do ETICA Pesquisa e Ensino. Pacientes vindos do interior terão custeados o deslocamento. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele é o tumor maligno mais comum no Brasil. Entre os tipos de câncer de pele, os tumores não melanoma são os mais recorrentes, representando 31,3% do total de casos.