A inflação de novembro na Região Metropolitana de Salvador (0,28%) foi resultado de altas nos preços em 6 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
Em novembro, o grupo alimentação e bebidas (1,50%) registrou o maior aumento médio e exerceu a principal contribuição para a alta da inflação de novembro na RM Salvador.
A alta mensal dos preços da alimentação na região foi a mais intensa em 30 meses, desde abril de 2022 (quando havia sido de 2,22%), e maior para um mês de novembro em 4 anos, desde 2020 (quando havia sido de 2,11%).
O aumento dos preços do grupo, no mês, foram influenciados principalmente pelas carnes (9,67%), que apresentaram sua maior alta mensal na região há quase 5 anos, desde dezembro de 2019 (quando havia sido de 17,28%). Itens como a costela (14,17%), a alcatra (10,53%) e o chã de dentro (7,81%) exerceram forte pressão inflacionária.
Por outro lado, as frutas (-3,38%), como o maracujá (-19,67%, item com a maior deflação) e a manga (-17,34%) registraram queda de preço e ajudaram a segurar a alta geral dos alimentos na RMS.
O grupo das despesas pessoais (0,89%) apresentou o segundo maior aumento médio de preços na RM Salvador em outubro e deu a segunda contribuição mais importante para a alta da inflação no mês. O grupo foi puxado com mais força pela alta do preço do cigarro (11,61%).
Os transportes (0,12%) tiveram uma discreta alta em novembro — a 6ª maior e a 5ª mais relevante para o índice geral da região. Porém, o grupo contou com o aumento dos preços da passagem aérea (22,79%), item que individualmente mais elevou o custo de vida da RMS. Por outro lado, a queda da gasolina (-2,20%) foi a 2ª mais importante para segurar a inflação da região no mês.
Entre os três grupos de produtos e serviços com queda média geral de preços na RM Salvador em novembro, a habitação (-1,38%) teve a maior deflação e foi o que mais segurou o IPCA da região no mês.
A deflação do grupo foi puxada pela energia elétrica residencial (-6,22%), item que, individualmente, mais segurou a inflação da RM Salvador em novembro. Por outro lado, a alta do gás de botijão (2,12%) freou a queda geral dos preços da habitação na região.
Os outros grupos a registrarem deflação em novembro na RM Salvador foram os de artigos de residência (-0,54%) e educação (-0,05%).
Foto: Rafael Martins/GOVBA